Jorge Rodríguez: "não existe um país com mais vitórias contra o narcotráfico do que a Venezuela"
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela saiu em defesa do presidente Nicolás Maduro
247 - O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, afirmou nesta quarta-feira (20) que "não existe um país com mais vitórias contra o narcotráfico que a Venezuela" e acusou Washington (EUA) de adotar medidas que colocam em risco a estabilidade de nações que preservam a própria independência. Parlamentares venezuelanos demonstraram apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao aprovar um Projeto de Acordo em defesa da soberania, da proteção do território, das instituições do país e da paz.
O político venezuelano fez o comentário após a informação de que mais de 4 mil militares norte-americanos serão deslocados para o Caribe, em uma área próxima à costa da Venezuela. O governo Donald Trump acusa a gestão de Nicolás Maduro de envolvimento com o narcoterrorismo. Os EUA oferecem uma recompensa de até US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 270 milhões) para ajudar a capturar o presidente do país sul-americano.
"Nós, 30 milhões de venezuelanos e venezuelanas, temos a obrigação de defender este solo, este céu, nossos mares e rios", declarou Rodríguez. Conforme a TeleSur, o presidente da Assembleia Nacional acrescentou que a Venezuela registrou em 2024 e 2025 os maiores índices proporcionais de apreensão de cocaína e maconha, reforçando que um dos principais marcos do país nesse campo foi a expulsão da Administração de Repressão às Drogas dos EUA (DEA) em 2005, durante o governo Hugo Chávez.
O parlamentar questionou o envio de forças militares norte-americanas ao Caribe para combater o narcotráfico, e alegou que cerca de 90% das drogas destinadas aos EUA — considerado o maior mercado consumidor mundial — passam pelo oceano Pacífico, a partir de países como Colômbia e Equador.
Antes de Jorge Rodríguez defender Nicolás Maduro, o governo da Venezuela tinha divulgado esta semana um comunicado oficial rejeitando tanto as acusações quanto o aumento da recompensa oferecida pelos Estados Unidos para capturar o presidente Nicolás Maduro.
A nota classifica as declarações de Washington como “ameaças” que, de acordo com Caracas, “afetam não apenas a Venezuela, mas também a paz e a estabilidade de toda a região”. O texto acrescenta que o país “protegerá seus mares, céus e territórios”, descrevendo a medida como “uma ameaça absurda de uma potência em declínio”.
Reservas de petróleo
Além do cenário político, a Venezuela mantém papel relevante no setor energético mundial por conta de suas extensas reservas de petróleo.
De acordo com levantamento do World Atlas, em 2024 o país ocupava o primeiro lugar no ranking global, com 300,9 bilhões de barris comprovados. Na segunda posição estava a Arábia Saudita, com 266,5 bilhões de barris, seguida pelo Canadá, com 169,7 bilhões.
A lista prosseguia com: Irã (157,8 bilhões), Iraque (150 bilhões), Rússia (103,2 bilhões), Kuwait (101,5 bilhões), Emirados Árabes Unidos (97,8 bilhões), Estados Unidos (48,5 bilhões) e Líbia (48,4 bilhões).
O Brasil aparecia em 15º lugar, com reservas estimadas em 16,2 bilhões de barris, o que corresponde a aproximadamente 1% do total mundial.