Encontro continental de solidariedade a Cuba termina com êxito na Cidade do México
Evento reuniu delegados de 25 países para discutir bloqueio, integração regional e desafios da guerra midiática
247 - O Encontro Continental de Solidariedade com Cuba encerrou suas atividades neste sábado (11) na Cidade do México, reunindo centenas de delegados de 25 países da América Latina e do Caribe, além de representantes da Espanha, do Líbano e dos Estados Unidos.
O Brasil enviou 17 delegados, entre eles seis do Cebrapaz e da Associação Cultural José Martí da Bahia
O evento, realizado desde quinta-feira no Complexo Cultural Los Pinos, teve como objetivo traçar novas linhas de ação para fortalecer o apoio internacional à ilha caribenha.
De acordo com informações da Prensa Latina, o encontro organizou quatro grupos de trabalho. Um deles concentrou-se em estratégias para ampliar a solidariedade a Cuba, combater o bloqueio imposto por Washington e exigir que o país seja retirado da lista unilateral dos chamados “patrocinadores do terrorismo”. Outras mesas debateram a cooperação econômica, os desafios da integração regional e as campanhas de desinformação que têm como alvo o governo cubano.
Conferências e homenagens
No último dia de debates, a conferência “Fidel e a Unidade Latino-Americana e Caribenha” contou com a participação de figuras de destaque, como o teólogo brasileiro Frei Betto. Além disso, houve o lançamento do livro Nas Asas do Condor, do pesquisador cubano Fabián Escalante, que resgata episódios históricos das relações entre os movimentos progressistas latino-americanos.
Na sexta-feira, Johana Tablada, vice-diretora-geral da Diretoria dos Estados Unidos no Ministério das Relações Exteriores de Cuba, expôs o impacto do bloqueio econômico sobre a vida da população cubana. O programa também incluiu conferências dedicadas ao papel da juventude como garantia da continuidade da Revolução e à resistência frente à guerra midiática.
Esporte e cultura presentes
O pentacampeão olímpico Mijaín López foi um dos convidados especiais do evento. Durante sua participação, respondeu a perguntas dos delegados sobre sua trajetória, abordando desde a infância até os desafios de sua preparação esportiva. Sua presença simbolizou a força do esporte cubano como ferramenta de identidade e união.
Ao longo dos quatro dias, o encontro evidenciou a articulação internacional de movimentos sociais, acadêmicos, religiosos e políticos comprometidos em defender Cuba diante do bloqueio e da hostilidade norte-americana. A tônica das discussões foi a busca por maior integração regional e pela construção de estratégias conjuntas para enfrentar a guerra de narrativas que, segundo os organizadores, busca isolar a ilha caribenha no cenário internacional.


