Em novo ataque, EUA afirmam que “regime criminoso” de Maduro não vai durar para sempre
Em publicação no X, embaixada dos EUA na Venezuela ataca legitimidade do governo Maduro e reforça apoio à oposição liderada por María Corina Machado
247 - Em mais um capítulo da deterioração das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a Venezuela, a embaixada norte-americana em Caracas publicou neste domingo (27) uma mensagem direta ao povo venezuelano, afirmando que o governo de Nicolás Maduro, descrito como um “regime criminoso”, “não vai durar para sempre”. As informações são do Metrópoles.
“Ao povo venezuelano: Maduro e seu regime criminoso não durarão para sempre, e a terra de Bolívar voltará a ser democrática e livre”, diz a postagem, intensificando o tom adotado por Washington nos últimos dias contra o governo chavista.
A ofensiva verbal ocorre na esteira de uma série de ações do governo dos Estados Unidos contra altos membros do governo Maduro, que culminaram com a designação do cartel de Los Soles como uma organização terrorista internacional pelo Departamento do Tesouro, na última sexta-feira (25).
Mais cedo neste domingo, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio — que chefia a diplomacia sob a gestão de Donald Trump — reforçou o ataque ao presidente venezuelano. “Maduro NÃO é o presidente da Venezuela e seu regime NÃO é o governo legítimo”, escreveu. “Maduro é o chefe do cartel de Los Soles, uma organização narcoterrorista que tomou posse de um país. E ele está sendo indiciado por tráfico de drogas para os Estados Unidos.”
Segundo o governo norte-americano, o cartel de Los Soles seria composto por integrantes do alto escalão do chavismo e teria vínculos com outras facções criminosas atuantes na América Latina e nos Estados Unidos, como o grupo Tren de Aragua. Desde janeiro, o governo dos EUA oferece uma recompensa de R$ 150 milhões por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro.
Apesar do endurecimento retórico, Washington e Caracas mantêm canais de diálogo abertos. Recentemente, os dois países firmaram um acordo de troca de prisioneiros e, com aval da Casa Branca, a gigante petrolífera Chevron retomou operações na Venezuela, em um movimento estratégico diante da crise energética global.
Na última semana, autoridades norte-americanas se reuniram com María Corina Machado, principal liderança da oposição venezuelana. Segundo o Departamento de Estado, o encontro discutiu uma “transição pacífica para a democracia”.