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      Com Trump, México teme efeito econômico de deportações e lança plano de acolhimento

      O cálculo é que mexicanos que trabalham nos EUA enviaram ao menos US$ 5,4 bi em remessas em 2024. Há temor de crise, inflação e pressão sobre as contas

      A presidente do México, Claudia Sheinbaum, durante cerimônia no Campo Militar 1, na Cidade do México, México 03/10/2024 REUTERS/Raquel Cunha (Foto: Raquel Cunha)
      Guilherme Levorato avatar
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      InfoMoney - O governo do México se prepara para os impactos da medidas anti-imigração já iniciadas pelo governo de Donald Trump – ontem, a Casa Branca declarou emergência nacional em questões de imigração e segurança para a faixa de fronteira entre o México e os EUA. O temor no lado mexicano é que uma deportação em massa poderia gerar uma crise econômica, desencadear um processo de inflação, aumentar a pressão sobre os recursos nacionais e impactar o fluxo de remessas de dólares.

      Segundo jornal La Crónica de Hoy, acreditasse que cidadãos mexicanos em várias situações de trabalho em território norte-americano enviaram ao menos US$ 5,4 bilhões ao país no ano passado. E que uma queda substancial nessas remessas pode até gerar uma crise econômica.

      Já o jornal El Universal destacou que a presidente Claudia Sheinbaum apresentou nesta terça-feira (21) o programa “México Abraça Você”, por meio do qual o governo federal apoiará os migrantes que forem obrigados e retornar ao país.

      Também foi passada a orientação que os funcionários dos 53 consulados mexicanos nos Estados Unidos deem o apoio necessário aos seus cidadãos.

      Segundo a publicação, a estratégia passa pelo acolhimento dos nacionais nos portos de entrada e nos aeroportos e acesso aos programas sociais do governo, como a inscrição em programas habitacionais.

      Em caso de expulsão, cada um dos migrantes deportados para o México receberá o cartão Bienestar Paisano, com dois mil pesos disponíveis para cobrir as despesas de transporte até suas comunidades de origem, anunciou a secretária do Interior, Rosa Icela Rodríguez.

      O governo também vai colocar um call center à disposição, com 45 operadores, para dar suporte aos cidadãos nos Estados Unidos.

      Ao apresentar o programa, Sheinbaum pediu aos cidadãos que se acalmem e que eles devem aguardar o desenvolvimento dos eventos. “Aos nossos compatriotas, dizemos que, em primeiro lugar, não estão sozinhos e, em segundo lugar, que também devemos manter a calma. Temos que ver como o processo se desenvolve durante essas semanas”, disse..

      Sobre o programa “Permaneça no México”, que Trump promete retomar em seu segundo mandato, a presidente mexicana declarou que o México “não é e não será um terceiro país, no qual aqueles que procuram entrar nos EUA solicitando asilo podem permanecer enquanto sua situação é decidida. Pois isso geraria um problema de superlotação na fronteira”, alertou.

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