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      Brasil assume presidência do Mercosul com foco em integração regional e desenvolvimento sustentável

      Presiente Lula defendeu uma atuação que consolide o Mercosul como "um grande bloco econômico, político, cultural, científico e tecnológico"

      (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
      Paulo Emilio avatar
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      247 - Durante a 66ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, realizada nesta quinta-feira (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência pro tempore do bloco regional e comprometeu-se a impulsionar uma integração mais “ambiciosa e efetiva” entre os países sul-americanos.

      Ao discursar, Lula defendeu uma atuação que consolide o Mercosul como um espaço de convergência política, econômica, cultural e tecnológica. “Vou me dedicar para que a gente possa avançar o máximo que pudermos, para que o Mercosul se transforme num grande bloco econômico, político, cultural, científico e tecnológico”, afirmou.

      Segundo Lula, uma das metas do Brasil à frente do bloco é concluir os acordos comerciais com a União Europeia e com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. “Estou confiante de que, até o fim deste ano, assinaremos os acordos com a União Europeia e com a EFTA, criando uma das maiores áreas de livre comércio do mundo”, declarou.

      O presidente também fez menção direta às críticas feitas por outros chefes de Estado durante o encontro, que abordaram a lentidão nos processos internos do bloco. “Ouvi com atenção as angústias que cada presidente colocou nas suas falas: a falta de rapidez nas decisões, a demora para executar o que muitas vezes já foi acordado. Quero me comprometer com cada um de vocês. Prometo que vou fazer a minha parte”, disse.

      Lula reiterou a importância do Mercosul como mecanismo de integração regional e defendeu uma agenda voltada à ampliação de benefícios concretos para os cidadãos, como o reconhecimento de direitos previdenciários e a livre circulação de pessoas. O presidente também destacou que o Brasil trabalhará para ampliar articulações políticas e econômicas com outros países e blocos, dentro e fora do continente.

      “Temos tudo: um povo generoso, conhecimento científico e tecnológico, experiência política. Cabe somente a nós decidir se seremos grandes ou pequenos, porque temos tudo para desempenhar um grande papel na construção de um mundo mais justo e sustentável”, afirmou.

      A presidência brasileira do Mercosul, que se estende até o fim de 2025, será estruturada em cinco eixos principais:

      • Ampliação do comércio entre os países do bloco e com parceiros externos

      • Enfrentamento da mudança do clima e avanço na transição energética

      • Estímulo ao desenvolvimento tecnológico

      • Combate ao crime organizado

      • Promoção de direitos sociais e cidadania para os povos do Mercosul

      De acordo com dados apresentados pelo governo, o intercâmbio comercial entre os países do bloco somou US$ 17,5 bilhões entre janeiro e maio de 2025. As exportações brasileiras chegaram a US$ 10,2 bilhões e as importações ficaram em US$ 7,2 bilhões, gerando um superávit de US$ 3 bilhões para o Brasil.

      As importações brasileiras oriundas do Mercosul concentram-se em veículos automotores, trigo, centeio e energia elétrica. Já as exportações são compostas, majoritariamente, por automóveis de passeio, produtos industrializados e minério de ferro.

       

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