TV 247 logo
      HOME > América Latina

      Amigos de Cuba nos EUA rebatem acusações dos EUA contra missões médicas

      Líderes de organizações nos EUA destacam histórico humanitário de Cuba e relembram ajuda oferecida após o furacão Katrina

      Brigada médica cubana no Brasil (Foto: Romulo Faro)
      José Reinaldo avatar
      Conteúdo postado por:

      247 - A continuidade dos ataques e acusações do governo dos Estados Unidos contra as missões médicas de Cuba motivou novas reações de entidades solidárias ao país socialista caribenho. Em entrevista à Prensa Latina, Cheryl LaBash, copresidente da Rede Nacional sobre Cuba nos EUA, recordou que há 20 anos a ilha socialista foi a primeira a oferecer auxílio ao povo norte-americano após o furacão Katrina, que devastou Nova Orleans e a Costa do Golfo em agosto de 2005.

      LaBash destacou que a iniciativa partiu do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, cujo centenário será celebrado em agosto do próximo ano. “Mais de 1.586 profissionais médicos totalmente equipados esperaram que os Estados Unidos permitissem que viessem ajudar”, disse, ressaltando que, embora não tenha havido resposta das autoridades norte-americanas, o gesto foi “altruísta e voluntário”, revelando “o espírito humanístico e solidário de Cuba”.

      A ativista também lembrou que, embora o internacionalismo médico cubano tenha começado nos primeiros anos da Revolução, foi em 2005 que Fidel batizou a Brigada Henry Reeve, em homenagem a um ex-soldado da Guerra Civil dos EUA que lutou em Cuba contra o domínio colonial espanhol.

      Reconhecimento internacional

      Para Samira Addrey, integrante do conselho da organização norte-americana IFCO-Pastors for Peace e formada pela Escola Latino-Americana de Ciências Médicas em Havana, “o mundo deveria reconhecer Cuba não apenas por suas conquistas médicas, mas pelo humanismo de seu povo”. Ela afirmou que a colaboração cubana na área de saúde é um feito e um “bastião de esperança” para milhões de pessoas em diversos países.

      Novas sanções dos EUA

      Nesta quarta-feira (14), o Departamento de Estado dos EUA anunciou restrições de visto para autoridades de países africanos, do Brasil e de Granada envolvidas em programas de cooperação internacional em saúde com Cuba. O governo norte-americano, que descreve sem provas as missões como “trabalho forçado”, incluiu na lista ex-membros da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), acusando-os de “cumplicidade no plano de missões médicas”.

      No caso brasileiro, a medida afeta funcionários ligados ao programa Mais Médicos, desenvolvido em parceria com Cuba. Essas restrições se somam a sanções impostas ainda em fevereiro e junho pelo governo do presidente Donald Trump contra autoridades da América Central associadas às brigadas cubanas.

      Reação de Havana

      O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, reagiu pelas redes sociais, afirmando que seu país “continuará prestando serviços” e denunciando que a medida reforça a “imposição” e a “agressão” como nova doutrina da política externa norte-americana sob o governo republicano de Trump.

      Dados oficiais indicam que a primeira brigada médica cubana partiu para a Argélia em 23 de maio de 1963. Desde então, mais de 600 mil colaboradores atuaram em 165 países. Atualmente, 54 brigadas, com mais de 22,6 mil profissionais, atendem demandas apresentadas por governos que solicitam formalmente a cooperação médica de Cuba.

      Relacionados

      Carregando anúncios...