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      Imagem da China melhora entre brasileiros

      A percepção da população brasileira sobre a China e os Estados Unidos está mudando

      Rio de Janeiro - A percepção da população brasileira sobre a China e os Estados Unidos está mudando, com Washington perdendo espaço e Beijing emergindo cada vez mais como um parceiro estratégico e uma oportunidade de cooperação, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Nexus Pesquisas e Inteligência de Dados.

      O estudo, realizado entre 15 e 19 de agosto com 2.005 entrevistas presenciais nos 27 estados brasileiros, revela que 46% dos brasileiros têm uma visão positiva dos Estados Unidos, em comparação com 43% com uma opinião negativa. No caso da China, 45% avaliam sua imagem como positiva e 43% como negativa, mostrando um saldo ligeiramente favorável para o país asiático.

      A pesquisa indica que os jovens de 16 a 24 anos são os mais receptivos a ambas as potências (58% de aprovação para os EUA e 57% para a China), enquanto as opiniões críticas predominam entre aqueles com mais de 60 anos. Regionalmente, o Nordeste é a região mais crítica em relação aos EUA (54% de rejeição), enquanto o Sul tem o maior apoio (56%). Em relação à China, o Sudeste é a região mais favorável, com 48% de opiniões positivas.

      O achado mais significativo do estudo diz respeito à percepção da liderança global. Para 56% dos brasileiros, a liderança internacional dos EUA é prejudicial ao Brasil, enquanto apenas 32% a consideram positiva. Em contrapartida, 47% veem a liderança da China de forma positiva e 39% de forma negativa.

      De acordo com a pesquisa, embora o panorama geral ainda pareça dividido, a China é cada vez mais vista como parceira para cooperação e desenvolvimento, enquanto os EUA são percebidos como uma potência hostil aos interesses brasileiros.

      A pesquisa também explorou opiniões sobre questões estratégicas da agenda internacional. Em relação ao comércio, 44% dos entrevistados defenderam alternativas ao dólar, enquanto 43% preferiram mantê-lo como moeda central. O resultado reflete o interesse da sociedade brasileira na discussão global sobre a desdolarização, promovida no âmbito do grupo BRICS.

      Em relação a esse bloco, 48% dos entrevistados apoiaram o fortalecimento dos laços do Brasil com China, Rússia, Índia e África do Sul, enquanto 33% defenderam um distanciamento maior.

      Quando questionados sobre qual país o Brasil deveria se envolver mais estreitamente, 43% escolheram os EUA e 42% a China, um empate que reflete um momento de transição diplomática: Washington ainda mantém influência no imaginário público, mas Beijing está ganhando espaço como uma potência global alternativa.

      De acordo com a Nexus, os resultados revelam uma mudança na opinião pública: os EUA estão perdendo prestígio, pois sua liderança está associada a riscos e prejuízos, enquanto a China está se consolidando como uma força positiva para os interesses nacionais do Brasil. 

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