247 - O senador norte-americano Bernie Sanders classificou nesta quarta-feira (17) a ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza como um genocídio. A declaração foi publicada pela Al Jazeera um dia após a Comissão de Inquérito da ONU divulgar um relatório no qual concluiu que Israel está cometendo genocídio contra os palestinos.
Sanders, que já foi candidato à presidência dos Estados Unidos e é uma das principais vozes do campo progressista, tornou-se o primeiro senador a usar formalmente o termo. “A intenção é clara. A conclusão é inescapável: Israel está cometendo genocídio em Gaza”, afirmou. O parlamentar citou declarações de autoridades israelenses que pedem a destruição de Gaza, além do aumento no número de mortes e da fome no enclave palestino.
<h3>Chamado ao fim da ajuda militar americana</h3>
O senador também voltou a defender que Washington interrompa o envio de armamentos e bilhões de dólares em ajuda militar ao governo de Benjamin Netanyahu. “Os Estados Unidos não devem continuar enviando muitos bilhões de dólares e armas ao governo genocida de Netanyahu”, disse.
Sanders pediu ainda a adoção de medidas urgentes: “Devemos usar cada grama da nossa influência para exigir um cessar-fogo imediato, um grande fluxo de ajuda humanitária coordenada pela ONU e os primeiros passos para garantir aos palestinos um Estado próprio”.
<h3>Apoio de outras vozes no Congresso</h3>
A deputada Becca Balint, que também representa Vermont e é de origem judaica, endossou a acusação de genocídio. Em artigo de opinião, ela declarou: “Neste momento, bebês e crianças pequenas estão morrendo de fome enquanto o governo extremista de Israel continua a bloquear ajuda e a cometer atos de violência contra civis. [...] As ações do governo Netanyahu parecem ser uma destruição sistemática e intencional do povo palestino”.
Apesar da pressão crescente, apenas cerca de 20 parlamentares no Congresso — entre os 535 da Câmara e do Senado — reconheceram publicamente que Israel está cometendo genocídio.
<h3>Relatório da ONU detalha crimes</h3>
O relatório da Comissão de Inquérito da ONU, divulgado na terça-feira (16), afirma que Israel cumpre quatro dos cinco critérios de genocídio previstos pela Convenção da ONU para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio: assassinato de membros do grupo; imposição de condições de vida destinadas à destruição física; causar danos físicos ou mentais graves; e medidas para impedir nascimentos.
O documento acrescenta que autoridades israelenses manifestaram intenção explícita de eliminar os palestinos. “As vítimas foram alvo coletivo por sua identidade como palestinos”, diz o relatório, que também aponta que o governo sabia que os métodos de guerra utilizados resultariam em mortes em massa, incluindo de crianças.
Israel rejeitou as conclusões, acusando os autores do relatório de antissemitismo. Até agora, mais de 65 mil palestinos foram mortos, segundo dados citados no relatório, e a maior parte do território de Gaza foi reduzida a escombros.
<h3>Crescente racha no apoio dos EUA</h3>
Nos últimos meses, o debate em Washington tem se intensificado. Em julho, 27 senadores — maioria da bancada democrata — apoiaram a proposta de Sanders para bloquear o envio de armas a Israel. Mais recentemente, os senadores Chris Van Hollen e Jeff Merkley acusaram Tel Aviv de impor a fome como parte de uma política de limpeza étnica.
Para Sanders, a dimensão da crise exige uma resposta global. “O desafio agora é impedir que o mundo mergulhe na barbárie, onde crimes horríveis contra a humanidade possam ocorrer impunemente”, advertiu.

Luis Mauro Filho

O senador americano Bernie Sanders (I-VT) gesticula enquanto faz comentários sobre a redução dos custos da saúde, na Sala de Tratados Indianos do edifício do Gabinete Executivo Eisenhower, no complexo da Casa Branca em Washington, EUA, 3 de abril de 2024

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Mundo

Bernie Sanders acusa Israel de genocídio em Gaza: "a intenção é clara"

Reuters - O senador norte-americano Bernie Sanders pediu no sábado que o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., renuncie, dias após uma autoridade sênior de saúde pública ter sido demitida e quatro outras renunciarem em disputas sobre a oposição pouco ortodoxa de Kennedy às vacinas.
Sanders, um senador independente de Vermont que participa de causas com os democratas, escreveu em um ensaio no New York Times que Kennedy está "colocando em risco a saúde do povo americano agora e no futuro".
Esta semana, Kennedy demitiu a diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, Susan Monarez, menos de um mês após o início de seu mandato, aprofundando a desorganização na principal agência de saúde pública do país. Monarez se recusou a adotar novas limitações à disponibilidade de algumas vacinas defendidas por Kennedy, alegando que elas contradiziam as evidências científicas.
Quatro outros altos funcionários do CDC renunciaram em protesto, citando políticas antivacina e desinformação promovida por Kennedy e sua equipe; centenas de seus colegas saíram da sede do CDC em Atlanta em apoio aos líderes que estavam saindo.
Sanders, membro sênior do comitê de saúde do Senado e oponente da confirmação de Kennedy no início deste ano, escreveu que Kennedy destituiu Monarez porque ela se recusou "a agir como uma espécie de avalista para suas políticas perigosas".
"Apesar da oposição esmagadora da comunidade médica, o Secretário Kennedy continuou sua longa cruzada contra vacinas e sua defesa de teorias da conspiração que foram repetidamente rejeitadas por especialistas científicos", escreveu Sanders. Ele afirmou que vacinas para doenças como poliomielite e COVID-19 salvaram centenas de milhões de vidas em todo o mundo.
Um porta-voz de Kennedy não respondeu a um pedido de comentário.
Kennedy, advogado e proeminente defensor antivacina, fez uma campanha presidencial malsucedida no ano passado. Ele defende alimentação saudável, alimentos naturais e exercícios, mas também compartilha com frequência suas teorias sobre vacinas e outras questões médicas que muitos médicos e cientistas consideram infundadas e oriundas de conspirações marginais.
Na quarta-feira, Kennedy deixou os médicos perplexos quando disse que continuava vendo crianças andando pelos aeroportos, as quais ele havia diagnosticado como "sobrecarregadas com problemas mitocondriais, com inflamação", com base em seus rostos e movimentos corporais.
O presidente republicano Donald Trump indicou Kennedy para secretário de Saúde no início deste ano, e ele foi empossado em fevereiro. Kennedy enfatizou em uma audiência no Congresso em maio que não acreditava que os americanos deveriam jamais aceitar seus conselhos médicos.

Paulo Emilio

Bernie Sanders diz que secretário de Saúde dos EUA, Kennedy, deve renunciar

247 - O senador independente Bernie Sanders, de Vermont, lançou duras críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusando-o de tentar manipular o sistema eleitoral e aprofundar a desigualdade social no país. Em entrevista ao programa State of the Union, da CNN, neste domingo (10), Sanders alertou que a concentração de riqueza e poder atingiu níveis sem precedentes: “Há mais desigualdade de renda e riqueza hoje do que nunca”.
Sanders disse que a derrota da democrata Kamala Harris em 2024 teve relação direta com a influência da elite bilionária, que, segundo ele, “estava dizendo a ela para não defender a classe trabalhadora”. Para Sanders, é inadmissível disputar a Casa Branca “sem desenvolver uma agenda sólida que aborde a crise econômica enfrentada pelas famílias trabalhadoras”.
O senador afirmou que o país vive um colapso social e econômico: Sessenta por cento da população vive de baixos salários, afirmou Sanders. Afirmou ainda que o país tem um sistema de saúde falido e disfuncional”. Ele classificou como vergonhoso o fato de os EUA serem “o único grande país que não garante assistência médica para todos”, mesmo gastando cifras astronômicas na área.
Sanders insistiu que o sistema político norte-americano está “quebrado e corrupto” e denunciou a manobra de redistritamento no Texas, que atribui diretamente a Trump. Segundo ele, o presidente age de forma autoritária para fraudar o processo democrático: “(Trump) está tentando, sabe, com seu estilo autoritário, dizer: ‘Ei, não quero perder a eleição. Vamos fraudar o sistema. Me deem mais cinco votos no Texas, talvez em outros estados’”.
Para o senador, permitir que Trump manipule o sistema seria um erro fatal. Ele questionou: “O que os democratas deveriam fazer? Ficar sentados e dizer: ‘Nossa, Trump está indo muito mal; não há nada que possamos fazer. Deixem que eles ganhem a eleição’, quando não deveriam?”.
A fala integra a turnê nacional Combatendo a Oligarquia, em que Sanders mobiliza a população contra o que considera uma ameaça real à democracia e aos direitos sociais nos EUA. Seus comícios têm reunido milhares de pessoas.&nbsp;

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Bernie Sanders denuncia desigualdade nos EUA e acusa Trump de manipulação eleitoral

247 - Em entrevista à CNN, o senador independente Bernie Sanders, representante do estado de Vermont, lançou duras críticas contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Segundo o parlamentar, “Netanyahu é um mentiroso repugnante” por negar a existência de uma crise alimentar em Gaza, mesmo diante de evidências crescentes de fome, miséria e destruição provocadas pela ofensiva militar israelense. A entrevista foi repercutida pela mídia iraniana HispanTV.
“O que está acontecendo em Gaza é uma tragédia humanitária inaceitável. Crianças estão morrendo de fome”, declarou o senador. “Os Estados Unidos não podem continuar a fornecer centenas de milhões de dólares em ajuda militar ao governo racista de Netanyahu, que está sendo usado para matar pessoas inocentes”, afirmou Sanders, que tem se posicionado contra a guerra desde os primeiros meses do genocídio &nbsp;iniciado em outubro de 2023.
O parlamentar denunciou ainda que, ao longo do último ano e meio, Israel “travou uma guerra brutal, horrível e quase sem precedentes” não apenas contra o grupo Hamas, mas contra todo o povo palestino. Para Sanders, o que ocorre em Gaza vai além do conflito com uma organização específica: trata-se de uma política deliberada de aniquilação.
Ele detalhou a destruição promovida pelo exército israelense na Faixa de Gaza: “Quase todas as escolas, o sistema de saúde, mais de 70% das casas e o sistema de abastecimento de água foram destruídos.” A devastação generalizada, segundo o senador, é incompatível com qualquer justificativa de segurança nacional e representa uma violação dos direitos humanos e do direito internacional.
Sanders também anunciou que pretende pressionar o Congresso para bloquear novas vendas de armas a Israel, numa tentativa de barrar o financiamento estadunidense à campanha militar que, segundo ele, configura um genocídio. “Israel está usando dinheiro dos EUA para promover massacres e fome em Gaza”, reiterou.
Outro alvo das críticas do senador foi o AIPAC (Comitê de Assuntos Públicos Americano-Israelense), poderoso grupo de lobby pró-Israel nos EUA. Segundo Sanders, o comitê tem atuado para propagar “narrativas falsas” sobre a crise humanitária em Gaza, buscando desinformar a opinião pública americana e pressionar parlamentares para manter o apoio irrestrito ao governo israelense.

José Reinaldo

Bernie Sanders chama Netanyahu de “mentiroso repugnante” e exige fim da ajuda militar dos EUA a Israel

247 - Em pronunciamento contundente, o senador norte-americano Bernie Sanders alertou que os Estados Unidos não devem ser levados a participar de um novo conflito armado sob a condução do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. A declaração foi feita no sábado (14), por meio de sua conta oficial no X (antigo Twitter), logo após os bombardeios realizados por Israel contra o território iraniano.
De acordo com informações divulgadas originalmente pela agência iraniana <a href="https://www.hispantv.com/noticias/ee-uu-/616876/sanders-evitar-arrastrado-guerra-netanyahu">HispanTV</a>, Sanders foi direto ao afirmar: “não podemos nos deixar arrastar para outra guerra de [Benjamin] Netanyahu”. O parlamentar norte-americano apontou que os ataques conduzidos por Israel “contravinham diretamente” os esforços diplomáticos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, segundo Sanders, vinha buscando uma resolução pacífica para as tensões envolvendo o programa nuclear do Irã.
O senador caracterizou os bombardeios como “ilegais” e acusou Netanyahu de ter “assassinado um importante negociador do cessar-fogo”, comprometendo a atuação diplomática dos Estados Unidos. “Netanyahu lançou ataques ilegais contra o Irã, assassinando um importante negociador, minando os esforços diplomáticos dos EUA e colocando em risco inúmeras vidas inocentes”, escreveu.
Sanders pediu que Washington, em coordenação com a comunidade internacional, atue de forma urgente para conter a escalada do conflito. “Devemos fazer todo o possível para evitar uma escalada desse conflito e levar as partes envolvidas à mesa de negociações”, defendeu.
O parlamentar do estado de Vermont já havia criticado, na sexta-feira, o que chamou de ataque “unilateral” e “desestabilizador” do governo israelense ao Irã. Ele apontou que a situação internacional se tornou “mais perigosa e instável” como resultado do “desrespeito contínuo ao direito internacional” por parte do gabinete de extrema-direita de Netanyahu.
Bernie Sanders também condenou o bloqueio mantido por Israel na Faixa de Gaza, bem como o uso deliberado da fome infantil como instrumento de guerra. Para o senador, a ofensiva israelense contra o Irã representa uma ameaça de proporções regionais. “Esse ataque unilateral e ilegal contra o Irã ameaça desencadear uma guerra regional em larga escala”, alertou.
Na madrugada de sexta-feira (13), as forças israelenses lançaram uma série de ataques aéreos sobre o Irã, resultando na morte de diversos civis, cientistas e oficiais militares iranianos. Em resposta, o Irã iniciou a operação denominada “Verdadeira Promessa III”, que incluiu o lançamento de mísseis e drones contra alvos israelenses localizados em territórios ocupados.

Guilherme Levorato

Senador Bernie Sanders (à esq.) e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

'EUA não podem ser arrastados para outra guerra de Netanyahu', alerta Bernie Sanders

247 - Em publicação divulgada nesta semana, o senador dos Estados Unidos Bernie Sanders intensificou suas críticas à atuação de Washington diante da guerra em Gaza e voltou a exigir a suspensão da ajuda militar americana a Israel. As declarações foram feitas em sua conta na rede social X, conforme noticiado pela emissora Al Jazeera.
“O povo de Gaza está quase todo em estado de desnutrição aguda e muitos vivem à beira da fome”, escreveu Sanders. “A história não esquecerá a cumplicidade dos EUA em permitir este desastre humanitário horrível”, completou o senador.
Desde o início da ofensiva militar israelense contra a <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Faixa+de+Gaza">Faixa de Gaza</a>, em outubro de 2023, os Estados Unidos já forneceram bilhões de dólares adicionais ao país aliado, além dos cerca de US$ 3,8 bilhões repassados anualmente em assistência militar.
No mês passado, <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Sanders+">Sanders </a>apresentou no Senado norte-americano resoluções que buscavam interromper a venda de armamentos ofensivos a Israel, mas as propostas não foram aprovadas. O parlamentar, conhecido por sua postura crítica em relação à política externa de apoio irrestrito a Israel, tem sido uma das vozes mais contundentes no Congresso ao denunciar as consequências humanitárias da guerra para a população palestina.

“A história não esquecerá a cumplicidade dos EUA”, diz Bernie Sanders sobre ataques e fome em Gaza

247 - Em declaração publicada nesta segunda-feira (5), o senador norte-americano Bernie Sanders voltou a denunciar o apoio dos Estados Unidos ao genocídi de Israel na Faixa de Gaza, informa o canal Hispan TV.
"64 dias sem que a ajuda chegue a Gaza. Sem comida, sem água, sem remédios. Crianças estão morrendo de fome", escreveu Sanders em sua conta oficial na rede X, apontando para a catástrofe humanitária provocada pelo bloqueio total imposto por Israel desde 2 de março. O congressista independente do estado de Vermont pediu o fim imediato do apoio de Washington àquilo que classificou como “máquina de guerra de Netanyahu”.
O político também condenou duramente os planos anunciados pelo gabinete de guerra israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que aprovou no domingo (4) a expansão da ofensiva aérea e terrestre contra Gaza. Segundo informações publicadas pelo jornal The Times of Israel, o plano inclui a ocupação permanente do território de Gaza, o deslocamento forçado de sua população do norte para o sul e a substituição das agências humanitárias internacionais, como a ONU, por empresas privadas na distribuição de alimentos.
"O gabinete extremista de Netanyahu agora afirma que ocupará Gaza e colocará mercenários no comando da distribuição de ajuda, em vez da ONU e de outros grupos humanitários. Desprezível", denunciou Sanders. Ele classificou a proposta como uma violação inaceitável dos direitos humanos e das normas internacionais de assistência em zonas de conflito.&nbsp;
A crise humanitária em Gaza se agrava a cada dia. Relatórios da UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) alertam que os estoques de alimentos armazenados durante a curta trégua já estão quase esgotados. As cozinhas comunitárias enfrentam risco iminente de fechamento, e organizações alertam que, sem o restabelecimento urgente da ajuda humanitária, milhares de palestinos poderão morrer de fome.
“A ajuda está sendo usada como arma de guerra”, afirmou um porta-voz da UNRWA, denunciando que o bloqueio total imposto por Israel tem como objetivo forçar o Hamas — movimento de resistência que governa Gaza — a libertar prisioneiros israelenses sem qualquer cessar-fogo em troca.
A pressão internacional contra as ações de Israel também cresce no âmbito diplomático. O relator especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados pediu a suspensão imediata de todas as exportações de armas para o Estado israelense, responsabilizando-o pelo “genocídio em curso” na Faixa de Gaza. Desde o início da nova fase da guerra, em outubro de 2023, milhares de civis palestinos, incluindo mulheres e crianças, foram mortos nos bombardeios.
Com mais de 2,1 milhões de habitantes isolados, sem acesso a água potável, alimentos ou medicamentos, Gaza vive uma das piores crises humanitárias do século. A atuação dos Estados Unidos como principal aliado militar e diplomático de Israel é vista por críticos como um fator central na perpetuação do conflito.
Ao se manifestar publicamente, Bernie Sanders se soma a uma crescente ala do Partido Democrata e da sociedade civil norte-americana que exige uma mudança imediata na política externa dos EUA. Seu apelo visa colocar fim ao apoio irrestrito ao governo Netanyahu e garantir que a ajuda humanitária internacional volte a fluir para os civis palestinos.

Bernie Sanders exige fim do apoio dos EUA à ofensiva israelense em Gaza

247 - O senador Bernie Sanders (Partido Democrata) criticou neste sábado (3) o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), que representa a extrema-direita norte-americana.&nbsp;
“Mais de 5.000 pessoas saíram em Bethlehem, Pensilvânia, para defender as necessidades das famílias trabalhadoras contra a classe bilionária, contra poderosos interesses especiais, contra a enorme ganância corporativa e contra o autoritarismo de Trump. É disso que se trata esse movimento”, escreveu o parlamentar na rede social X.&nbsp;
O presidente Donald Trump tomou posse em janeiro. Desde então, ele diminuiu o controle do Congresso sobre gastos. Também retirou unilateralmente o financiamento de programas e agências inteiras. O Partido Republicano detém pequena maioria nas duas câmaras do Congresso.
O Poder Judiciário norte-americano resiste às medidas de Trump. Foram mais de 100 decisões exigindo a suspensão de ações consideradas inconstitucionais, apontaram cálculos do jornal The New York Times.
Um dos principais conflitos é sobre a política de repressão trumpista contra imigrantes. Em março, mais de 200 migrantes venezuelanos, considerados perigosos para os Estados Unidos, foram deportados para El Salvador, na América Central. Conforme a <a href="https://www.bbc.com/portuguese/articles/c86j244l8gvo">BCC</a>, publicada no último dia 29, “muitas das extradições ocorreram com base em extensos poderes concedidos em tempos de guerra, sem o processo habitual de apresentação de evidências à Justiça”.
Outra crítica de grande repercussão ao governo Trump é por conta de Elon Musk. O empresário pretende cortar trilhões de dólares do governo federal. Ainda segundo a reportagem, nos EUA o “mercado de ações está afundando, as taxas de juros estão subindo (incluindo as dos empréstimos imobiliários) e a confiança dos consumidores está caindo”.&nbsp;
“O desemprego também está aumentando, em parte, devido à quantidade cada vez maior de funcionários do governo federal que vêm perdendo seus cargos. O Federal Reserve (o banco central americano) e especialistas econômicos advertem que o plano de Trump irá reduzir o crescimento econômico e, possivelmente, gerar recessão”.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">More than 5,000 people came out in Bethlehem, Pennsylvania to stand up for the needs of working families against the billionaire class, against powerful special interests, against enormous corporate greed, and against Trump’s authoritarianism. That’s what this movement is about. <a href="https://t.co/5pkGFzavwz">pic.twitter.com/5pkGFzavwz</a>&mdash; Bernie Sanders (@BernieSanders) <a href="https://twitter.com/BernieSanders/status/1918743134390878682?ref_src=twsrc%5Etfw">May 3, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Leonardo Lucena

Bernie Sanders denuncia a 'enorme ganância corporativa' e o 'autoritarismo de Trump' nos EUA

Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - O senador norte-americano Bernie Sanders disse nesta quinta-feira (27) que forçará a votação na próxima semana de resoluções que podem bloquear US$8,8 bilhões em vendas de armas para Israel, citando a crise de direitos humanos enfrentada pelos palestinos em Gaza após o bombardeio israelense ao enclave e a suspensão das entregas de ajuda.
"Netanyahu violou claramente as leis dos EUA, e também internacionais, nesta guerra brutal, e precisamos acabar com nossa cumplicidade na carnificina", disse Sanders, um independente que faz parte do caucus com os democratas, em uma declaração anunciando seu plano.
Mais de 50.000 palestinos foram mortos pela campanha israelense em Gaza, afirmam autoridades palestinas. A ofensiva foi lançada depois que milhares de homens armados liderados pelo Hamas atacaram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e sequestrando 251 como reféns, de acordo com contagens israelenses.
Grande parte de Gaza foi reduzida a escombros, deixando centenas de milhares de pessoas abrigadas em tendas ou prédios bombardeados.
Uma tradição de décadas de forte apoio bipartidário a Israel no Congresso dos EUA significa que resoluções para impedir a venda de armas dificilmente serão aprovadas, mas os defensores da ideia esperam que levantar a questão incentive o governo de Israel e as administrações dos EUA a fazerem mais para proteger os civis.
"Nenhuma ajuda humanitária entrou em Gaza em mais de três semanas e meia desde que as autoridades israelenses anunciaram um bloqueio completo -- ou seja, nada de comida, água, remédios ou combustível desde o início de março", disse Sanders em um comunicado.
No mês passado, o chefe de Direitos Humanos da ONU acusou Israel de demonstrar um desrespeito sem precedentes pelos direitos humanos em suas ações militares em Gaza, dizendo ainda que o Hamas havia violado o direito internacional.
O Senado votou de forma esmagadora em novembro para bloquear três resoluções apresentadas por Sanders que teriam interrompido as transferências de armas aprovadas pelo governo do então presidente Joe Biden, um democrata que os progressistas criticaram por fazer muito pouco para ajudar os palestinos à medida que as condições em Gaza pioravam.
O presidente Donald Trump, que iniciou seu segundo mandato em 20 de janeiro e é um fervoroso defensor de Israel, reverteu os esforços de Biden para impor alguns limites às armas enviadas ao governo de Netanyahu.
Anteriormente, Trump contornou o processo de revisão do Congresso para aprovar bilhões de dólares em vendas militares para Israel.

Bernie Sanders forçará votação no Senado dos EUA por bloqueio à venda de armas para Israel

247 - Em um pronunciamento divulgado pelo seu canal do YouTube, o senador Bernie Sanders fez um alerta sobre os riscos que os Estados Unidos enfrentam sob o segundo mandato de Donald Trump. Com um tom de urgência, Sanders denunciou o avanço do oligopólio econômico e a escalada autoritária do governo, convocando a população a se organizar e resistir. "Não é momento para desespero. Precisamos ser inteligentes, organizados e lutar de volta", afirmou o senador.
Desde sua posse para um segundo mandato, Trump tem implementado medidas que desafiam princípios democráticos e ampliam o poder de bilionários sobre a política norte-americana. Sanders destacou que, ao lado do presidente, figuram alguns dos homens mais ricos do mundo, como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg. "Esses três sozinhos acumularam mais de US$ 2 bilhões em riquezas desde a reeleição de Trump, enquanto a desigualdade social se aprofunda", alertou.
O senador também criticou duramente a tentativa do presidente de cortar financiamentos federais essenciais para a população mais vulnerável, incluindo programas como Medicaid, auxílio para veteranos de guerra e alimentação para famílias de baixa renda. "Milhões de americanos sofreriam com essa medida, mas a indignação popular e decisões judiciais ajudaram a barrar parte dessas iniciativas", disse ele.
Outro ponto de preocupação levantado por Sanders é o ataque de Trump à imprensa livre. Ele denunciou o uso de processos judiciais contra grandes redes de comunicação, como ABC, CBS e jornais regionais. "Esse tipo de intimidação é um ataque direto à Primeira Emenda e ao direito da sociedade de se informar", enfatizou.
<h3>Mobilização popular e a luta contra o autoritarismo</h3>
Sanders destacou a importância da organização popular para barrar projetos polêmicos em tramitação no Congresso. Ele ressaltou que a maioria republicana é pequena na Câmara dos Representantes, com apenas quatro votos de diferença, o que torna possível pressionar parlamentares vulneráveis. "Cada telefonema e cada e-mail fazem diferença. Se discordamos de um projeto de lei, devemos fazer nossa voz ser ouvida", incentivou o senador, compartilhando o número do Capitólio para contatos diretos com congressistas.
Entre as propostas que ele considera mais perigosas está a chamada "Lei de Reconciliação Orçamentária", que visa conceder cortes massivos de impostos para os ultra-ricos, financiados por reduções em programas sociais vitais. "Em um momento de desigualdade histórica, cortar serviços essenciais para beneficiar bilionários é inaceitável", afirmou.
Sanders também se manifestou contra a política de deportações em massa de Trump, classificando-a como "imoral" e "economicamente desastrosa". Segundo ele, deportar famílias que vivem pacificamente no país há décadas enfraquece comunidades e setores inteiros da economia.
<h3>Crise climática e desafios para o futuro</h3>
Outro tema abordado foi a crise climática, agravada pela insistência do governo Trump em expandir a exploração de combustíveis fósseis. "Temos eventos climáticos extremos devastando comunidades. Permitir mais perfuração para extração de petróleo é irresponsável", criticou.
Por fim, Sanders reforçou a necessidade de lutar por políticas progressistas amplamente apoiadas pela população. Ele defendeu o aumento do salário mínimo para US$ 17 por hora, o direito universal à saúde e investimentos em habitação acessível. "Não podemos nos dar ao luxo de reclamar ou nos resignar. A luta é agora, e devemos agir juntos para garantir um futuro justo para todos", concluiu. Assista:&nbsp;
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Dafne Ashton

Entrevistas

Bernie Sanders alerta: 'Estamos vivendo tempos sem precedentes'

247 – Nesta segunda-feira, Bernie Sanders, senador pelo estado de Vermont e ex-pré-candidato presidencial pelo Partido Democrata, fez críticas contundentes ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em uma postagem nas redes sociais, Sanders ironizou as intenções de Trump em relação à Groenlândia e sugeriu que o mandatário norte-americano deveria, ao invés disso, aprender com os avanços sociais da Dinamarca.
"Sr. Presidente: em vez de roubar a Groenlândia da Dinamarca, eu tenho uma ideia melhor", escreveu Sanders em sua conta oficial. Ele prosseguiu enumerando os benefícios oferecidos pelo modelo social dinamarquês: "Na Dinamarca, todos têm garantia de acesso à saúde, a educação universitária é gratuita, os pais recebem um ano de licença-paternidade remunerada e os trabalhadores não ganham menos de US$ 22 por hora. Vamos roubar essas ideias."
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Mr. President: Instead of stealing Greenland from Denmark, I have a better idea. In Denmark, everyone is guaranteed health care, college education is free, parents receive 1-year of paid paternity leave &amp; workers don’t make less than $22 an hour. Let&#39;s steal those ideas.&mdash; Bernie Sanders (@SenSanders) <a href="https://twitter.com/SenSanders/status/1884078267214487788?ref_src=twsrc%5Etfw">January 28, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
A crítica de Sanders veio em tom sarcástico, mas trouxe à tona o debate sobre as diferenças entre os modelos econômicos e sociais dos dois países. Enquanto os Estados Unidos seguem uma linha capitalista com pouca intervenção estatal, a Dinamarca é frequentemente apontada como exemplo de uma social-democracia eficiente, com alto padrão de qualidade de vida e baixa desigualdade social.
Um modelo admirado
A fala de Sanders reforça uma visão que ele tem defendido há anos: a de que os Estados Unidos deveriam adotar políticas públicas mais voltadas ao bem-estar social. Durante sua campanha presidencial, ele destacou a importância de saúde universal, acesso gratuito à educação superior e melhores condições de trabalho como pilares de um governo que busca reduzir as desigualdades.
O modelo dinamarquês, mencionado por Sanders, é amplamente reconhecido por oferecer benefícios sociais robustos financiados por impostos progressivos. O sistema de saúde é universal e gratuito para os cidadãos, enquanto o acesso à educação superior não exige pagamento de mensalidades. Além disso, os trabalhadores contam com salários mínimos elevados e amplos direitos trabalhistas.

Redação Brasil 247

“Trump não deveria roubar a Groenlândia, mas as boas ideias da Dinamarca", diz Bernie Sanders

247 - O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama comemorou nesta terça-feira (6) a indicação do governador de Minnesota, Tim Walz, como vice da chapa democrata na disputa pela presidência dos Estados Unidos. Segundo Obama, Walz é o parceiro de chapa ideal para Kamala Harris por defender pautas que ela representa. Além disso, o ex -presidente teceu vários elogios ao governo do democrata em seu estado.
“O Governador Walz não só tem a experiência para ser vice-presidente, mas também tem os valores e a integridade para nos encher de orgulho. Como governador, Tim ajudou famílias e empresas a se recuperarem da pandemia, estabeleceu licença parental remunerada, garantiu o direito ao aborto e implementou medidas de segurança com armas de bom senso para manter as comunidades seguras. Mas a marca registrada de Tim é sua capacidade de falar como um ser humano e tratar todos com decência e respeito - o que não é tão surpreendente considerando o fato de que ele serviu na Guarda Nacional por 24 anos e trabalhou como professor de estudos sociais no ensino médio e treinador de futebol antes de ser eleito para o Congresso”, escreveu Obama em um comunicado.
Ex-candidato nas primárias do Partido Democrata em 2016 e 2020, o senador Bernie Sanders foi outra figura política que elogiou a escolha por Tim Wolz. Sanders destacou a trajetória política e profissional do governador e afirmou que ele fará entregas para os trabalhadores estadunidenses.&nbsp;
“Tim Walz é um grande trunfo para Kamala Harris ter campanha e administração vencedoras. Ele é um ex-professor de escola pública, treinador de futebol e forte apoiador sindical. Como governador, ele fez entregas para famílias trabalhadoras em MN. Como VP, ele fará entregas para as famílias trabalhadoras dos EUA”, escreveu.
O nome de Tim Walz se tornou o nome favorito dos progressistas e dos grupos de jovens que gostam de sua postura crítica contra Trump. Além disso, ele pode ajudar a campanha a angariar votos no centro-oeste dos Estados Unidos. Walz é um veterano militar e apoiador sindical que implementou uma agenda progressista em seu estado, incluindo proteções abrangentes aos direitos ao aborto e ajuda generosa às famílias.

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