China reforça parceria com o Brasil e destaca importação do açaí
Enquanto Trump impõe tarifas, governo chinês sinaliza interesse crescente por produtos nacionais e fortalece laços comerciais
247 - Em meio ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, a China voltou a demonstrar, publicamente, seu interesse em importar produtos brasileiros. O destaque mais recente foi uma postagem feita nesta quarta-feira (7) pela embaixada chinesa no Brasil, que promoveu o açaí como um dos produtos mais populares entre os consumidores chineses e símbolo do comércio entre os dois países.
A informação foi publicada pelo jornal O Globo, que destacou a iniciativa como parte da estratégia chinesa de estreitar os laços com o Brasil em um momento de tensões entre Brasília e Washington. Na publicação, feita na plataforma X (antigo Twitter), a embaixada chinesa afirma: “O Brasil é o maior exportador de açaí do mundo. O sabor único e os benefícios à saúde fazem dele um dos produtos mais populares entre os consumidores chineses”. A postagem foi acompanhada por imagens do fruto e emojis de corações.
O gesto é interpretado como um aceno diplomático e comercial diante das recentes medidas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos, que elevaram tarifas sobre diversas exportações brasileiras, incluindo carne, café e suco de laranja. A atitude de Pequim reforça a disposição da China em ampliar sua presença no mercado brasileiro e fortalecer o fluxo bilateral de comércio.
A China é, desde 2009, o principal parceiro comercial do Brasil e figura como destino de cerca de um terço das exportações do agronegócio nacional. Produtos como soja, carne, celulose e, mais recentemente, o açaí, vêm conquistando crescente espaço no mercado chinês, impulsionados por campanhas oficiais e certificações sanitárias reconhecidas por Pequim.
A sinalização é clara: enquanto os Estados Unidos fecham portas, a China amplia oportunidades. A recente aprovação de 183 empresas brasileiras para exportar café ao mercado chinês, válida por cinco anos, e a promoção de itens como o açaí, fazem parte de um conjunto de iniciativas que visam consolidar o Brasil como fornecedor estratégico em tempos de reconfiguração do comércio global.
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