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Presidente da Império de Casa Verde é alvo de operação contra o PCC em São Paulo

Mandados de prisão e busca são cumpridos em cinco estados em ação contra tráfico internacional de drogas

Alexandre Constantino Furtado (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

247 - Uma grande operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em São Paulo (FICCO-SP) foi deflagrada na manhã desta terça-feira (23), segundo informações da CNN Brasil. A ação mira uma organização criminosa transnacional envolvida em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Entre os investigados está Alexandre Constantino Furtado, presidente da escola de samba Império de Casa Verde e vice-presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP), apontado como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A Justiça Federal expediu 22 mandados de prisão preventiva e 40 de busca e apreensão, todos autorizados pela 4ª Vara Federal de Belém (PA). As diligências acontecem simultaneamente em São Paulo, Pará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás, em um esforço coordenado para desmantelar a rede criminosa.

Investigação teve origem em apreensão de cocaína no Pará

As apurações começaram após uma grande apreensão de drogas no Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), em fevereiro de 2021. Na ocasião, agentes da Polícia Federal interceptaram 458 quilos de cocaína escondidos em uma carga de quartzo, que tinha como destino final o Porto de Rotterdam, na Holanda.

A partir desse episódio, a investigação conseguiu mapear a estrutura logística do grupo responsável pelo envio de drogas à Europa. Segundo a Polícia Federal, o esquema contava com empresas de fachada e investimentos em setores formais da economia, como restaurantes e prestadoras de serviços, usados para dar aparência legal ao dinheiro obtido com o tráfico.

Estrutura empresarial para lavar dinheiro ilícito

O relatório policial aponta que a facção construiu uma engrenagem empresarial para lavar os ganhos ilícitos. Empresas fictícias, contratos simulados e a inserção de recursos no mercado formal foram identificados como métodos recorrentes. Essa rede permitia que os criminosos movimentassem grandes quantias de dinheiro sem levantar suspeitas imediatas.

Força-tarefa reúne órgãos federais e estaduais

A operação desta terça-feira foi executada pela FICCO-SP, composta pela Polícia Federal, pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), pela Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP-SP) e pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN).

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