Niterói tem melhor gestão fiscal do Brasil, aponta Firjan
Cidade é a única do Rio com nota máxima no índice de gestão fiscal que avaliou mais de 5 mil municípios
247 - Niterói conquistou o primeiro lugar no Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) 2025, que avaliou as contas de 5.129 municípios em todo o país. A informação foi divulgada pela Prefeitura de Niterói com base em dados da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
A cidade fluminense divide a liderança nacional com outros municípios, mas é a única no estado do Rio de Janeiro a conquistar a nota máxima em todos os indicadores avaliados.
Avanço com planejamento e responsabilidade
“Esse é o resultado de um projeto de cidade que prioriza a seriedade na gestão dos recursos públicos. Em um cenário em que muitas prefeituras enfrentam enormes dificuldades, mostramos que é possível, com transparência e planejamento, garantir a saúde das contas públicas e, ao mesmo tempo, realizar obras e oferecer serviços de qualidade para a população de Niterói”, afirmou o prefeito Rodrigo Neves (PDT).
Entre as iniciativas destacadas estão a modernização da Secretaria de Fazenda, a criação da Secretaria de Planejamento, concursos para agentes fazendários e fiscais de receita, além do Fundo de Estabilização Fiscal, implementado em 2018 com recursos dos royalties.
Evolução no ranking Firjan
O IFGF avalia as finanças municipais a partir de quatro eixos: Autonomia, Gastos com Pessoal, Liquidez e Investimentos. A pontuação vai de 0 a 1, sendo que quanto mais próxima de 1, melhor a situação fiscal.
Niterói alcançou a nota máxima (1) em todos os indicadores. O salto é significativo: em 2013, a cidade tinha nota 0,66, ocupando a 55ª posição no estado e a 2.188ª no cenário nacional. No fim do primeiro mandato de Rodrigo Neves, a pontuação já era 0,90 e o município havia alcançado o primeiro lugar no estado.
Contexto nacional revela desafios
O relatório da Firjan mostra que a conquista de Niterói ocorre em um cenário de crise fiscal para muitos municípios brasileiros. Segundo o levantamento, 1.282 cidades não arrecadam o suficiente para cobrir despesas básicas do Executivo e Legislativo; 540 municípios comprometem mais de 54% do orçamento com folha de pagamento; 413 prefeituras começaram 2025 no vermelho, sem recursos para quitar despesas; e 938 cidades investem, em média, apenas 3,2% da receita em obras e melhorias.