Empresas e universidades suspendem atividades presenciais no Rio após operação policial
UERJ, UFRJ, Unirio, UFF e PUC-Rio adotam medidas emergenciais nesta quarta-feira diante da insegurança e da crise na mobilidade urbana
247 - Após uma megaoperação policial realizada nesta terça-feira (29) em diversas comunidades do Rio de Janeiro, instituições de ensino e empresas decidiram suspender as atividades presenciais nesta quarta-feira, 30, em meio ao clima de tensão e à dificuldade de deslocamento na cidade. A informação foi publicada originalmente pelo jornal O Globo.
A medida afeta universidades públicas e privadas, além de setores do comércio e do serviço, que optaram por adotar o trabalho remoto e o ensino a distância como forma de preservar a segurança de estudantes, professores e funcionários. Segundo O Globo, a operação, que mobilizou um grande contingente policial nos Complexos da Penha e do Alemão, gerou reflexos imediatos na rotina dos cariocas e deixou bairros praticamente desabitados durante a madrugada.
Universidades públicas suspendem aulas e serviços
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) comunicou a suspensão das atividades acadêmicas e administrativas do turno da manhã, ressaltando que novas orientações seriam divulgadas ao longo do dia. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também interrompeu aulas e serviços presenciais, mantendo apenas os considerados essenciais.
Na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), todas as atividades presenciais seguem suspensas, enquanto a Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, tomou a mesma decisão diante das dificuldades de mobilidade e do ambiente de insegurança.
Já a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) anunciou a transferência das aulas para o formato remoto, garantindo a continuidade das atividades acadêmicas de maneira virtual.
Empresas aderem ao trabalho remoto
Além das universidades, empresas de diferentes setores também modificaram o funcionamento nesta quarta-feira. Muitas optaram por manter os funcionários em casa, em razão das incertezas sobre deslocamentos e possíveis bloqueios em vias estratégicas.
As medidas emergenciais refletem o impacto da megaoperação na vida cotidiana dos moradores do Rio, especialmente no transporte público e nos deslocamentos entre zonas da cidade e a região metropolitana.
Clima de apreensão
O cenário de insegurança, segundo relatos de moradores, lembra períodos de restrição de circulação durante a pandemia. “Parece Covid”, afirmou uma residente de Ipanema ao O Globo, descrevendo o esvaziamento das ruas e o silêncio incomum em bairros que costumam estar movimentados mesmo durante a noite.


