Demissão em massa de pessoas com deficiência pela Eletrobras gera protesto e ação judicial
Sindicato e parlamentares se mobilizam após empresa desligar cerca de 100 trabalhadores com deficiência na última sexta-feira
247 - Cerca de 100 trabalhadores com deficiência foram demitidos pela Eletrobras na última sexta-feira (30), gerando indignação e protesto na porta da empresa, nesta segunda-feira (2). A mobilização reuniu sindicalistas, colegas de trabalho e representantes da categoria, que classificaram as demissões como uma afronta à inclusão social e aos direitos garantidos por lei.
De acordo com o Sindicato dos Eletricitários do Rio de Janeiro (Sintergia-RJ), a iniciativa da Eletrobras causou forte comoção entre os funcionários, que reagiram com perplexidade e revolta diante do desligamento em massa. A demissão dos profissionais ocorre em um contexto de reestruturação da companhia após sua privatização, mas, segundo os organizadores do protesto, rompe com princípios básicos de responsabilidade social.
"Dirigentes sindicais que organizaram o ato de hoje, já acionaram a Justiça do Trabalho para buscar a reintegração do emprego destas pessoas. Parlamentares que defendem o emprego das pessoas com deficiência foram comunicados e já estão articulando a reversão dos desligamentos. O presidente do Sindicato dos Eletricitários do RJ, Magno Santos Filho afirmou que a entidade vai seguir envidando todos os esforços para apoiar os trabalhadores demitidos", comunicou o Sintergia-RJ.
A mobilização em frente à sede da Eletrobras foi marcada por cartazes, palavras de ordem e manifestações de apoio aos demitidos.
Nesta quarta-feira (4), a Eletrobras enviou o seguinte posicionamento ao Brasil 247: “não é real a afirmação de que a Eletrobras reduziu o quadro de pessoas com deficiência (PCD). Os fatos são:
- O número de PCDs que são empregados da Eletrobras Sudeste aumentou de 29 para 94 desde novembro/24.
- Este aumento no quadro foi feito majoritariamente com a contratação de 50 profissionais que já prestavam serviço à companhia, muitas vezes em contratos terceirizados, além de outros profissionais vindos do mercado.
- A primarização da força de trabalho com contratação de empregados em substituição a profissionais terceirizados é parte da estratégia de Diversidade e Inclusão da companhia.
- A companhia tem um plano negociado e validado com o Ministério Público do Trabalho, que está em execução para cumprir as regras ligadas à contratação de PCD.
Desta forma, reiteramos que é princípio da Eletrobras ter uma força de trabalho diversa e fortalecer crescentemente suas políticas de inclusão, criando um ambiente de trabalho que valorize todas as nossas pessoas".
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