CV: operação mira facção na serra fluminense e prende 12 no Rio
Polícia Civil e MP-RJ deflagraram nova fase da Asfixia contra o Comando Vermelho, com alvos em Petrópolis e na Maré
247 - A Polícia Civil do Rio de Janeiro, em conjunto com o Ministério Público do Estado, deflagrou nesta quinta-feira (2) uma nova etapa da Operação Asfixia. A ofensiva teve como foco a expansão territorial do Comando Vermelho (CV) na Região Serrana, especialmente em Petrópolis, com base de apoio no Complexo da Maré, na Zona Norte da capital.
Segundo o g1, a ação resultou em 12 prisões até o momento, entre elas a de um sargento da Polícia Militar e de um assessor da Prefeitura de Petrópolis. Os agentes foram recebidos a tiros no Parque União, na Maré, onde parte dos investigados se escondia.
Alvos e confrontos
A força-tarefa cumpriu 18 mandados de prisão. Foram detidos o sargento Bruno da Cruz Rosa, lotado no 20º BPM (Mesquita), e Robson Esteves de Oliveira, assessor especial da Prefeitura de Petrópolis. Além das prisões, a Justiça determinou o bloqueio de cerca de R$ 700 mil em bens ligados à facção criminosa.
Durante a operação, equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) usaram blindados e helicópteros. O confronto intenso na Maré começou ainda no fim da madrugada, e pelo menos duas escolas da região precisaram ser fechadas por questões de segurança.
Vhefia do tráfico na região serrana
As investigações apontam que Wando da Silva Costa, conhecido como Macumbinha, é o chefe do CV responsável pela Região Serrana. Ele e seu braço direito, Luis Felipe Alves de Azevedo, montaram uma estrutura na Maré para coordenar a logística de transporte de drogas até Petrópolis. Ambos não foram encontrados e já são considerados foragidos.
Ao todo, a força-tarefa identificou 55 pessoas envolvidas no esquema. Os investigadores acreditam que a facção utilizava a rede de apoio na capital para sustentar o avanço do tráfico de drogas no interior do estado.
Impactos imediatos
A Secretaria Estadual de Educação confirmou que duas escolas da região foram fechadas nesta manhã devido ao tiroteio. Helicópteros da polícia permaneceram sobrevoando a Maré durante toda a ação, reforçando o cerco aos criminosos.
Com a nova fase da Asfixia, autoridades esperam frear a tentativa do Comando Vermelho de ampliar sua influência para além da capital fluminense. A operação segue em andamento.