Psol quer CPI para investigar elo entre PCC e bebidas com metanol

247 - O deputado estadual Carlos Giannazi (Psol) está em movimento para coletar ao menos 32 assinaturas com o objetivo de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A iniciativa pretende investigar a possível participação do crime organizado na adulteração de bebidas com a adição de metanol, substância altamente tóxica.

Segundo a Folha de S. Paulo, a justificativa apresentada pelo parlamentar se baseia em apurações da Polícia Federal. As investigações apontam uma possível relação entre o fechamento de distribuidoras de combustíveis, com ligações ao Primeiro Comando da Capital (PCC), e os recentes casos de intoxicação registrados na região metropolitana.

Giannazi criticou a postura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que descartou publicamente a existência de vínculos entre a facção e a adulteração das bebidas. Para o deputado, a fala foi precipitada.

“É inacreditável que o governador Tarcisio de Freitas tenha se precipitado dizendo que não há elo entre o PCC e a adulteração de bebidas, quando todos sabem e estão acompanhando o envolvimento do crime organizado no mercado financeiro, no agronegócio, nos postos de combustíveis”, declarou o parlamentar.

A proposta de abertura da CPI surge em um momento de crescente preocupação com o impacto da adulteração de bebidas na saúde pública. O metanol, quando ingerido, pode causar graves danos, incluindo cegueira e até a morte.

Agora, a viabilidade da comissão depende da adesão de outros parlamentares da Alesp, já que são necessárias as 32 assinaturas para que a investigação seja oficialmente instaurada. O tema deve ganhar espaço nos próximos dias, em meio ao debate sobre a influência do crime organizado em diferentes setores da economia paulista.