Cotado para o STF, Pacheco é principal aposta do PT em Minas
Senador é considerado nome estratégico para disputar o governo mineiro em 2026
247 - O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, desponta como principal aposta do PT para a disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026. Embora seja também um dos nomes cogitados para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) aberta com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, sua presença no cenário mineiro é vista como crucial para a estratégia eleitoral do partido. A informação foi publicada pela CNN Brasil.
Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que antes de decidir sobre a nomeação ao STF, será necessário medir com cuidado o impacto político em Minas Gerais — segundo maior colégio eleitoral do país — e as possíveis alianças regionais. Essa leitura fortalece a posição de Jorge Messias, advogado-geral da União e aliado próximo de Lula, como favorito para a cadeira no Supremo. Além de ser figura de confiança, Messias é evangélico, característica considerada importante pelo Planalto para dialogar com o eleitorado religioso.
Palanque mineiro e alianças em construção
Petistas avaliam que Pacheco reúne as melhores condições para liderar um palanque sólido no estado em favor da reeleição de Lula em 2026. Pesquisas internas da legenda apontam viabilidade eleitoral do senador, que, com apoio do PSD, teria condições de atrair partidos de centro e ampliar o arco de alianças. Neste cenário, o PT já reivindica a indicação do candidato ao Senado na mesma chapa.
Aliados próximos a Pacheco, mesmo em caráter reservado, reconhecem que a candidatura ao governo pode ser a alternativa mais consistente, desde que articulada em conjunto com Lula. Há a expectativa de que o presidente adie a escolha do substituto de Barroso até ter clareza sobre a estratégia mineira, mas no governo se avalia que a decisão não deve demorar.
Sinais do governo e apoio político
Nos últimos meses, Lula tem pressionado publicamente Pacheco a tomar uma decisão. Em entrevista à Rádio Itatiaia, no fim de agosto, o presidente disse: "Eu tenho certeza de que vamos ganhar o estado de Minas Gerais com o Pacheco, ele sabe disso. É só ele se dispor a ser candidato. Se ele for candidato, será o futuro governador de Minas Gerais. Espero que, dentro de poucos dias, a gente tenha essa definição."
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou a movimentação política ao se referir ao senador como “futuro governador de Minas Gerais” durante o lançamento do programa Gás do Povo em setembro.
Pesquisas recentes confirmam a competitividade de Pacheco. Levantamento AtlasIntel de agosto mostrou o senador com 44,5% das intenções de voto, em um cenário de apoio de Lula, contra 41,4% do senador Cleitinho (Republicanos), alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O vice-governador Mateus Simões (Novo), apoiado por Romeu Zema, apareceu com 9,9%.
Articulações em Brasília
Enquanto o cenário mineiro segue em aberto, Pacheco também conta com apoio em Brasília. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), declarou nesta segunda-feira (13) que fez “questão” da presença de Pacheco em reunião com autoridades como o ministro Edson Fachin (STF), Herman Benjamin (STJ) e o procurador-geral da República, Paulo Gonet. “Fiz questão da presença do presidente @rodrigopacheco, autor do projeto de atualização do Código Civil e presidente da comissão temporária criada para debater o tema. Conversamos sobre questões importantes para o Brasil e que vêm sendo debatidas desde a gestão de Pacheco à frente do Senado”, escreveu Alcolumbre em suas redes sociais.


