Operação expõe fraudes em postos de combustíveis na Bahia com elo ao PCC
Polícia Civil aponta rede de 200 postos ligada a esquema bilionário de adulteração e ao crime organizado
247 - A Polícia Civil da Bahia desencadeou nesta quinta-feira (16) uma grande ação contra um grupo criminoso suspeito de operar um esquema de adulteração de combustíveis e ocultação de patrimônio por meio de uma rede de aproximadamente 200 postos no estado. A ofensiva, batizada de Operação Primus, teve como alvo empresas que, segundo as investigações, mantêm vínculos diretos com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo.
De acordo com os investigadores, o grupo teria criado uma complexa estrutura empresarial destinada tanto à adulteração quanto à comercialização irregular de combustíveis, movimentando cifras bilionárias. As diligências desta quinta-feira ocorreram não apenas na Bahia, mas também em São Paulo e no Rio de Janeiro, com a participação de mais de 170 policiais civis.
Rede empresarial e poder econômico do grupo
Segundo a Polícia Civil, a rede de postos funcionava como fachada para a expansão financeira da facção criminosa. O Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, responsável pela operação, destacou a “expressiva dimensão financeira” das atividades ilegais.
O órgão solicitou ao Judiciário o bloqueio de bens dos investigados, avaliados em cerca de R$ 6,5 bilhões. Os valores seriam resultado de anos de movimentação ilícita, sustentada pela adulteração de combustíveis e pela rede de postos distribuída em diferentes cidades.
Apoio institucional e fiscalização
A Operação Primus contou ainda com apoio da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz-BA) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A colaboração entre os órgãos buscou não apenas identificar as irregularidades fiscais, mas também reforçar a fiscalização do setor, considerado estratégico para a economia regional e nacional.


