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      Entidades lançam campanha contra privatização do Metrô do Recife: 'transporte é direito do povo, não mercadoria'

      Metroviários denunciam que, se o sistema de transporte for privatizado, o povo vai pagar mais caro e o serviço piorar

      Metroviários do Recife seguem paralisados (Foto: George Antony/CBTU)
      Leonardo Lucena avatar
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      247 - A Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro) e o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) iniciaram uma mobilização contra a possível privatização do metrô do Recife (PE). De acordo com as duas entidades, se o sistema de transporte for privatizado, o povo vai pagar mais caro e o serviço piorar. Cerca de 138 mil passageiros usam o Metrô do Recife diariamente, informou a Companhia Brasileiro de Transportes Urbanos (CBTU Recife). O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse esta semana que o empreendimento será repassado para o governo de Pernambuco e o governo federal fará investimento estimado em R$ 3 bilhões.

      A mobilização contra a privatização não se limita aos outdoors. Em várias estações em municípios da região metropolitana do Recife, bikes de som denunciam para toda a população as consequências da privatização. “Atenção, povo de Pernambuco! Governadora Raquel Lyra, defenda o metrô público! Em Belo Horizonte, privatizaram o metrô. A tarifa que era R$ 4,25 subiu para R$ 5,80. Tarifa mais cara, serviço pior! Metrô é direito do povo, não mercadoria!”.

      A Fenametro e Sindmetro-PE denunciaram a contradição de um governo eleito com bandeira de defesa dos serviços públicos repetir a cartilha neoliberal. “Se Lula insistir na privatização do metrô do Recife, estará repetindo Bolsonaro. Estará traindo a confiança do povo que o elegeu para defender o Brasil do projeto entreguista da direita.”

      A Superintendência de Trens Urbanos do Recife (Metrorec), vinculada à CBTU, faz o repasse do empreendimento ao setor privado. A CBTU é uma empresa estatal federal ligada ao Ministério das Cidades.

      A concessão do metrô à iniciativa privada está na etapa de estudos. Depois haverá consulta pública, acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU), publicação de edital, leilão de projeto e assinatura de contrato.

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