Rogério Correia mostra fiasco da marcha pela anistia em Brasília
'É assim que se comporta um país que tem governo trabalhando e está quase em pleno emprego', afirmou o parlamentar. Vídeo
247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) publicou um vídeo na rede social X para demonstrar a pouca simpatia da população pela proposta que prevê anistia a políticos envolvidos em ações golpistas.
“Não dá nem pra andar aqui em Brasília com esse fiasco da marcha pela ‘anistia’. Tá lotada! É assim que se comporta um país que tem governo trabalhando e está quase em pleno emprego”, escreveu o parlamentar.
No dia 17 de setembro, a Câmara dos Deputados aprovou, em sessão plenária, um pedido de urgência para a tramitação do Projeto de Lei (PL) 2162/2023, que propõe conceder anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023. A votação terminou com 311 deputados a favor, 163 contrários e 7 abstenções.
A proposta, apresentada pelo deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), prevê perdão “aos participantes de manifestações de cunho político realizadas entre 30 de outubro de 2022 e a data de entrada em vigor da lei”.
Parlamentares aliados a Jair Bolsonaro (PL) defendem que a medida de anistia também o inclua. Bolsonaro foi condenado na semana anterior pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a uma pena superior a 27 anos de prisão.
'Pleno emprego'
Tema destacado por Correia em sua publicação, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, o menor índice já registrado desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. No período anterior, o indicador estava em 5,8%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Ao final de julho, o país contabilizava 6,118 milhões de pessoas sem trabalho, o menor número desde o último trimestre de 2013, quando havia 6,1 milhões de desempregados. Já o total de brasileiros com alguma ocupação atingiu o patamar recorde de 102,4 milhões.
O levantamento também apontou um marco histórico no número de trabalhadores com carteira assinada, que chegou a 39,1 milhões. Com esse desempenho, o nível de ocupação — proporção de pessoas empregadas em relação à população em idade de trabalhar — permaneceu em 58,8%, o maior percentual já alcançado.
A pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) analisa o comportamento do mercado de trabalho entre pessoas com 14 anos ou mais, abrangendo todas as modalidades de ocupação — com carteira assinada, sem vínculo formal, temporária ou autônoma. O instituto considera desempregada apenas a pessoa que está efetivamente em busca de uma vaga. O levantamento, de abrangência nacional, visita cerca de 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.
O estudo também identifica o contingente de brasileiros fora da força de trabalho, que totalizou 65,6 milhões de pessoas, número praticamente estável em relação ao trimestre anterior. Já o grupo dos desalentados — aqueles que desistiram de procurar emprego por acreditarem não encontrar oportunidades — caiu 11% no período, atingindo 2,7 milhões de pessoas.
A taxa de informalidade foi estimada em 37,8%, ligeiramente abaixo dos 38% registrados no trimestre anterior. O índice de julho de 2025 é o segundo mais baixo da série histórica, superado apenas pelo de julho de 2020 (37,2%), quando, durante a pandemia, a forte retração no emprego informal reduziu temporariamente essa proporção. Mesmo com a queda percentual, o número absoluto de trabalhadores sem carteira assinada aumentou, passando de 38,5 milhões para 38,8 milhões.