Lindbergh: ‘Eduardo Bolsonaro precisa ser cassado e exonerado da PF imediatamente’
'O Conselho de Ética da Câmara insiste em blindá-lo', denunciou o petista
247 - O líder do PT da Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), alertou nesta sexta-feira (19) para a gravidade das articulações feitas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo Donald Trump (EUA) e defendeu a cassação do parlamentar, que também é escrivão concursado da Polícia Federal.
Em postagem na rede social X, o líder petista destacou que “a Polícia Federal abriu processo administrativo contra Eduardo Bolsonaro”. “Ele precisa ser cassado e exonerado da PF imediatamente. Já entregamos um abaixo-assinado conjunto com mais de 400 mil assinaturas, mas o Conselho de Ética insiste em blindá-lo: suas representações não tramitam, num escândalo que envergonha o Parlamento”, escreveu Lindbergh.
De acordo com o parlamentar do PT, “Eduardo é um traidor da Pátria: conspirou contra a democracia, articulou sanções estrangeiras contra o Brasil e usou o mandato para sabotar as instituições”.
“Transformou sua função pública em arma contra o próprio país. Não há espaço para ausência de firmeza e condescendência. É dever das instituições decretar a cassação do mandato e a exoneração da PF. O povo brasileiro não aceita financiar os privilégios de quem ataca a soberania nacional”.
Trama golpista e os EUA
O deputado Eduardo Bolsonaro também havia sido indiciado pela PF por obstrução judicial da investigação sobre a trama golpista. Outro indiciado foi o pai dele, Jair Bolsonaro (PL). A apuração sobre a tentativa de golpe foi parar no Supremo Tribunal Federal. O STF condenou o ex-mandatário e mais sete réus.
O inquérito sobre a trama golpista foi o motivo para as sanções anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Os Estados Unidos impuseram um tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras e suspenderam vistos de ministros do STF para o território estadunidense.
No começo de setembro, o governo Lula anunciou um crédito de R$ 30 bilhões para financiar o Plano Brasil Soberano, depois das medidas de Trump. A resposta do governo brasileiro está direcionada em três eixos: fortalecimento do setor produtivo, proteção ao trabalhador, e diplomacia comercial e multilateralismo.