Kassab critica Eduardo Bolsonaro por defender tarifaço de Trump contra o Brasil: 'totalmente inadequado'
Segundo o presidente do PSD, 'na hora em que o deputado do PL não se alinha àqueles que defendem os interesses do Brasil, é um erro muito grande'
247 - O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, criticou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por defender o tarifaço de 50% determinado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, contra as exportações brasileiras. De acordo com o dirigente, o parlamentar adotou uma posição "totalmente inadequada". A legenda pessedista tem três ministérios no governo Lula: Minas e Energia, Agricultura e Pecuária, e Pesca e Aquicultura.
"O grande erro do Eduardo Bolsonaro tem sido se colocar em solidariedade ao tarifaço. Para um brasileiro e para um deputado federal é totalmente inadequado. Na hora em que ele não se alinha àqueles que defendem os interesses do Brasil, é um erro muito grande", afirmou Kassab durante entrevista ao Canal Livre, da Band.
O deputado do PL vive nos Estados Unidos desde o começo do ano e faz articulações com o governo americano para aplicar sanções à economia brasileira e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, relator do inquérito da trama golpista na Corte envolvendo Jair Bolsonaro (PL). O político da extrema direita brasileira é réu, cumpre medidas cautelares e está em prisão domiciliar.
O governo dos EUA determinou o bloqueio de eventuais bens e valores ligados ao ministro do STF Alexandre de Moraes em território norte-americano. De acordo com a decisão, instituições financeiras sediadas no país deverão informar ao Office of Foreign Assets Control (OFAC), órgão encarregado de supervisionar ativos estrangeiros, qualquer recurso identificado em nome do magistrado.
A sanção também proíbe Moraes de efetuar operações bancárias ou movimentações financeiras junto a entidades sob jurisdição norte-americana, restringindo-o de acessar, transferir ou gerir fundos depositados em contas localizadas nos EUA.
O ministro Alexandre de Moraes afirmou a interlocutores que a medida "não vai mudar nada" para ele, porque o magistrado não possui bens, contas bancárias ou investimentos sob jurisdição norte-americana.
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