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Gabinete do ódio produziu dossiê contra o governo Lula, diz PF na investigação da 'Abin Paralela'

Participantes do esquema criminoso pretendiam acusar o governo atual de financiar ilegalmente ações contra a direita

Lula - 12/06/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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247 - Membros do gabinete do ódio decidiram em 2024 continuar produzindo dossiês e espalhando informações falsas sobre o governo Lula (PT). É o que aponta a investigação da Polícia Federal sobre a 'Abin Paralela', esquema criminoso montado no governo Jair Bolsonaro (PL) que visava o monitoramento ilegal de personalidades consideradas opositoras do bolsonarismo.

Integrantes do grupo de propagadores de fake news pretendiam acusar o governo Lula de financiar ações contra a direita ilegalmente. Queriam transmitir a mensagem de que existe um uma espécie de “gabinete do ódio” petista.

Segundo informações publicadas na coluna de Aguirre Talento, os envolvidos nas ações contra o governo Lula foram o assessor parlamentar Daniel Lemos, que trabalhava no gabinete do deputado federal Pedro Jr (PL-TO), e o influenciador bolsonarista Richards Pozzer. Ambos foram indiciados no relatório final do inquérito sobre a "Abin paralela".

De acordo com as investigações, Lemos e Pozzer buscaram acesso a um grupo de WhatsApp chamado "Caçadores de Fake News", criado por pessoas ligadas ao presidente Lula. Pozzer coletou informações sobre os administradores do grupo e produziu um dossiê. Entre os administradores estava Paulo Okamotto, fundador do Instituto Lula, conforme acrescentou o colunista.

Posteriormente, Pozzer elaborou um dossiê alegando que alguns participantes do grupo tinham empresas que teriam recebido recursos da cota parlamentar de um deputado petista e da campanha presidencial de Lula. O objetivo era acusar o governo atual de financiar ilegalmente ações contra a direita, sugerindo a existência de uma espécie de "gabinete do ódio" petista. Um dos alvos das acusações seria Paulo Pimenta, quando ocupava a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.

A PF descreveu os fatos: "Ao encaminhar para Daniel Ribeiro Lemos um 'registro de tela' que mostra a inclusão de Paulo Pimenta no grupo pela administradora Clarissa Berry, Richards Pozzer destacou: 'mais uma prova do gabinete do ódio', 'Acho que temos mais uma prova cabal do gabinete do ódio', 'Tem que chamar essa Clarissa Berry Veiga para prestar esclarecimentos', 'Aí a casa vai cair pra muita gente'", afirmou a corporação.

"O presente evento, portanto, colaciona a permanência e continuidade do 'modus operandi' dos responsáveis pela produção contínua de desinformação. A sistemática utilizada na construção dos dossiês é a mesma identificada durante a CPI da COVID e direcionada contra seus integrantes", acrescentou o relatório.


 

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