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      Em alegações ao STF, general Augusto Heleno nega participação na trama golpista

      A PGR acusou o militar de dar apoio às medidas para desacreditar o sistema de justiça

      Augusto Heleno (Foto: Ton Molina/STF)
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      André Richter - Repórter da Agência Brasil

      A defesa do general Augusto Heleno negou nesta quarta-feira (13) que o militar teve participação na trama golpista ocorrida durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

      Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), os advogados de Heleno defenderam sua absolvição nas alegações finais enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é um dos réus do núcleo 1 da trama golpista.

      Durante o processo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou Augusto Heleno de dar apoio às medidas para desacreditar o sistema de justiça, a votação eletrônica e às ações do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, que era subordinado à Abin, para a "construção de ações para desacreditar as instituições".

      Para a defesa, as provas colhidas durante a instrução do processo “afastam qualquer hipótese de protagonismo” de Heleno na trama golpista.

      “Uma análise detida dos fatos narrados na denúncia revela que a conduta do general Heleno, então Ministro do GSI, foi meramente acessória e periférica em relação ao núcleo organizacional, não havendo elementos que indiquem relevância causal de sua atuação para o êxito da empreitada criminosa”, afirmou a defesa.

      A manifestação dos advogados está nas alegações finais que foram encaminhadas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. O prazo final de 15 dias para os advogados protocolarem suas manifestações termina hoje, às 23h59.

      As alegações representam a última manifestação dos réus antes do julgamento que pode condenar ou absolver os acusados.

      Além de Bolsonaro, mais seis aliados devem apresentar suas alegações. Por estar na condição de delator, Mauro Cid entregou as alegações no mês passado.

      Réus do núcleo 1:

      1. Jair Bolsonaro - ex-presidente da República;
      2. Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
      3. Almir Garnier - ex-comandante da Marinha;
      4. Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
      5. Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
      6. Paulo Sérgio Nogueira (general), ex-ministro da Defesa;
      7. Walter Braga Netto - ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022.
      8. Mauro Cid (tenente-coronel), ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

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