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      CPMI do INSS: oposição assume comando e deve convocar Carlos Lupi

      Oposição conquista presidência e relatoria e planeja ouvir o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi

      Carlos Lupi (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS começou seus trabalhos na última quarta-feira (20) e já se prepara para aprovar os primeiros requerimentos nesta semana. Segundo o g1, um dos nomes que deve ser convocado a depor é o do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT).

      A instalação da CPMI representou uma derrota para o governo, já que a presidência, inicialmente articulada para ficar com o senador Omar Aziz (PSD-AM), acabou sob comando da oposição. Em uma movimentação de última hora, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente por 17 votos a 14. A relatoria também seguiu para a oposição: o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), aliado de Jair Bolsonaro (PL), foi escolhido por Viana em detrimento do nome indicado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

      Composição e escopo da investigação

      A CPI terá duração inicial de seis meses, podendo ser prorrogada, e contará com 32 membros titulares, sendo 16 deputados e 16 senadores. O foco da apuração recai sobre um esquema revelado pela Polícia Federal, que identificou descontos indevidos em benefícios do INSS sem autorização dos segurados. Associações e entidades ligadas ao setor teriam fraudado cadastros para validar cobranças irregulares, sem oferecer qualquer serviço real a aposentados e pensionistas.

      O relator Alfredo Gaspar afirmou que pretende ampliar o escopo das apurações, incluindo possíveis fraudes em empréstimos consignados, outro ponto sensível para beneficiários da Previdência.

      Impacto político e declarações

      A eleição de Carlos Viana para a presidência da CPMI foi celebrada pela oposição, que vê no controle da comissão uma oportunidade de pressionar o governo. Questionado sobre a condução dos trabalhos, Viana rejeitou a ideia de transformar a investigação em palco político:

      “Quem está aqui é um presidente eleito que quer esclarecer o que aconteceu, pedir a punição dos culpados e, principalmente, gerar novos projetos e políticas que não permitam a repetição de um momento tão vergonhoso para o Brasil como o desvio de dinheiro de aposentados e pensionistas”, afirmou o senador.

      Enquanto a oposição promete foco nas irregularidades e em sua repercussão social, governistas devem insistir em associar as fraudes ao governo Bolsonaro, período em que as denúncias começaram a surgir.

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