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Tyr Energia projeta salto de 64% e avança no Nordeste

Energy tech prevê ampliar base em 2026, mira Bahia, Pernambuco e Ceará e aposta na abertura total do mercado livre de energia

Parque de energia solar (Foto: REUTERS/Lukas Barth)

247 - A Tyr Energia estima expandir seu book operacional — soma de megawatts contratados e unidades atendidas — em 64% até agosto de 2026, impulsionada por contratos firmados até setembro e por um plano de crescimento focado no varejo de energia para pequenos e médios consumidores. A companhia, com forte presença no Rio de Janeiro, prepara nova rodada de investimentos para acelerar a aquisição de clientes, com prioridade para o Nordeste

A informação foi publicada pelo Broadcast em 8 de outubro de 2025, em reportagem de Gabriela da Cunha. Ao explicar a estratégia, o diretor-presidente da Tyr Energia, Eduardo Miranda, afirmou: “Esse avanço é fruto da especialização do lado varejista. Pensamos em soluções tecnológicas de um jeito diferente das distribuidoras e dos atacadistas”

Com atuação no mercado livre, a empresa se apresenta como uma energy tech e tem a gestora Mercurio Partners como investidora. O foco são consumidores que desembolsam mais de R$ 8 mil por mês com energia elétrica — casos de condomínios, hospitais, academias, restaurantes e escolas — reunindo hoje 530 contratantes distribuídos por 37 cidades em 20 Estados

A expansão para o Nordeste começou há 12 meses e já gerou tração, sobretudo na Bahia, em Pernambuco e no Ceará. Segundo Miranda, “os resultados foram mais expressivos na Bahia, Pernambuco e Ceará”. Ele acrescenta que a competição no varejo tem forte componente local e que “o consumidor nordestino é bastante técnico na busca da melhor alternativa”, o que levará a companhia a “intensificar a atuação nesses Estados, principalmente com ações de marketing”

Entre os diferenciais ofertados, a Tyr destaca medidor inteligente para acompanhamento de consumo em tempo real e boleto único para clientes de baixa tensão. A conversão de novos contratos segue concentrada no modelo business-to-business (B2B), mas a companhia se posiciona para um mercado potencial muito maior com a abertura total do mercado livre prevista na MP 1.300/2025, que pode permitir a 83 milhões de consumidores escolher seu fornecedor até o fim de 2027

Miranda pondera que a democratização do acesso traz desafios. Ele reconhece que falências recentes de comercializadoras acenderam um alerta para a sustentabilidade financeira do setor. A resposta da Tyr é operar com horizonte de médio e longo prazos e reduzir exposição à volatilidade imediata, oferecendo valor agregado além de preço. “Como varejista, queremos oferecer insights e automatizações que possam ser adotados rapidamente a partir da demanda contratada. Também estamos empenhados em facilitar a interação desse consumidor com a distribuidora, porque ele não busca apenas desconto; quer o serviço funcionando o tempo todo”, enfatiza

Para 2026, a Tyr manterá o investimento em soluções tecnológicas e na presença regional para acelerar a originação, priorizando Estados nordestinos onde a adoção de ferramentas de gestão de consumo e a busca por previsibilidade de custos têm evoluído de forma consistente

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