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Mosaic vende mina de fosfato em Minas Gerais por US$ 111 milhões à Fosfatados Centro

Operação marca saída estratégica da empresa de um ativo não essencial no Brasil e fortalece plano nacional de fertilizantes com retomada da produção

Mosaic (Foto: Divulgação)

247 – A empresa norte-americana The Mosaic Company (NYSE: MOS) concluiu a venda de sua unidade de mineração de fosfato desativada em Patos de Minas (MG) para a Fosfatados Centro SPE Ltda., por US$ 111 milhões. A informação foi publicada pelo portal Brazil Stock Guide. A transação representa uma retirada estratégica da Mosaic de um ativo considerado não essencial em seu portfólio brasileiro e faz parte de um movimento global para concentrar capital em operações de maior rentabilidade.

O acordo inclui pagamento inicial de US$ 51 milhões e parcelas distribuídas ao longo de quatro anos. A Mosaic estima um ganho contábil entre US$ 80 e 90 milhões no quarto trimestre de 2025. Com a venda, a empresa transfere integralmente a responsabilidade pela mina e pelas barragens de rejeitos à Fosfatados Centro, companhia vinculada ao empresário do agronegócio Rodolfo Galvani Júnior.

 “Estamos satisfeitos em anunciar a conclusão da venda da nossa mina de Patos de Minas, o que nos permite realocar capital para áreas de maior retorno”, afirmou Karen Swager, vice-presidente executiva de operações da Mosaic.

Segundo comunicado da Fosfatados Centro, o objetivo é reativar o complexo minerador para fornecer fertilizantes fosfatados à região do Cerrado brasileiro, especialmente à área conhecida como MATOPIBA — sigla que abrange os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, uma das fronteiras agrícolas de maior crescimento do país.

A companhia brasileira afirmou que o investimento reforça o Plano Nacional de Fertilizantes, política do governo federal voltada à redução da dependência de importações e ao fortalecimento da produção interna de insumos agrícolas.

Com a saída de Patos de Minas, a Mosaic, uma das maiores produtoras globais de fosfato e potássio, busca aumentar a agilidade operacional e liberar recursos para projetos considerados estratégicos em sua atuação global.

A operação é vista por analistas do setor como uma movimentação simbólica do reposicionamento da indústria de fertilizantes no Brasil, que tem recebido novos investimentos após o impulso dado pelo governo à autossuficiência produtiva.

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