HOME > Negócios

Aviação brasileira deve alcançar recorde histórico de 130 milhões de passageiros em 2025

Setor aéreo caminha para fechar o ano superando níveis pré-pandemia e reforçando a retomada do consumo e da mobilidade no país

Aviação brasileira deve alcançar recorde histórico de 130 milhões de passageiros em 2025 (Foto: Min. Portos/Aeroportos/Divulgação)

247 - O transporte aéreo brasileiro está prestes a atingir um marco inédito em sua história. A projeção para 2025 indica que o país deve encerrar o ano com cerca de 130 milhões de passageiros transportados, o maior volume anual já registrado e o primeiro a superar, de forma consistente, os patamares observados antes da pandemia de Covid-19. As informações são do Brazil Stock Guide.

De acordo com dados do governo federal e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), entre janeiro e novembro, as companhias aéreas que operam no Brasil transportaram mais de 117 milhões de passageiros, o que representa um crescimento de 9,3% em relação ao mesmo período de 2024. O mercado doméstico manteve a liderança, com 91,9 milhões de assentos vendidos, avanço anual de 8%. Já o tráfego internacional apresentou desempenho ainda mais acelerado, alcançando 25,8 milhões de passageiros, alta de 13,6%.

O resultado ganha relevância adicional quando observado sob uma perspectiva estrutural. Com dimensões continentais e alternativas limitadas para deslocamentos de longa distância, o Brasil depende fortemente da aviação para integrar regiões, estimular o turismo e viabilizar atividades econômicas. A recuperação do setor reflete não apenas a demanda reprimida após a pandemia, mas também a normalização gradual do consumo das famílias e das viagens corporativas.

As rotas internacionais já respondem por 22% de todo o fluxo de passageiros, indicando uma reinserção progressiva do país nos circuitos globais de viagens. Em 2025, os principais mercados internacionais conectados ao Brasil foram Argentina, Estados Unidos, Chile e Portugal, evidenciando tanto a força das relações regionais na América do Sul quanto os vínculos econômicos e culturais com a América do Norte e a Europa.

O tráfego externo permanece concentrado em grandes portas de entrada. O Aeroporto Internacional de São Paulo–Guarulhos, maior do país e principal hub internacional, concentrou 29% de todos os passageiros internacionais, somando 14,9 milhões de viajantes entre embarques e desembarques. Na sequência aparecem o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro–Galeão, com 5 milhões de passageiros, além de Florianópolis, Campinas e Brasília, que completam a lista dos cinco terminais mais movimentados em voos internacionais.

No mercado doméstico, a concentração também é evidente nos principais centros econômicos e administrativos. Guarulhos liderou o movimento total, com 27 milhões de passageiros, seguido por Congonhas (21,8 milhões), Brasília (14 milhões), Confins (11 milhões) e Galeão (10,7 milhões). O padrão reflete a densidade populacional e o papel central de cidades como São Paulo e Brasília nas atividades empresariais, financeiras e governamentais.

Artigos Relacionados