Zuckerberg anuncia supercentros de dados para impulsionar IA: “Estamos investindo centenas de bilhões”
CEO da Meta revela construção de megacomplexos com potência de até 1 gigawatt e aposta em superinteligência artificial
247 - A Meta está construindo uma nova geração de centros de dados colossais para sustentar suas ambições na corrida da inteligência artificial. O anúncio foi publicado nesta segunda-feira (14) pelo CEO da companhia, Mark Zuckerberg, na rede Threads.
Segundo ele, o primeiro complexo — batizado de Prometheus — entrará em operação em 2026, no estado de Ohio. “Estamos chamando o primeiro de Prometheus e ele entrará em operação em 2026”, escreveu. “Estamos construindo vários outros clusters titânicos também.”
A informação é da agência Bloomberg, que detalha o esforço bilionário da empresa para transformar sua infraestrutura digital em uma das mais poderosas do mundo, voltada ao desenvolvimento da chamada “superinteligência”, conceito que define máquinas capazes de executar tarefas melhor do que seres humanos.
Corrida pela superinteligência
Zuckerberg tem demonstrado frustração com os resultados anteriores da Meta em IA e, nos últimos meses, decidiu acelerar os investimentos em potência computacional, energia e talentos. Em abril, a empresa informou que poderá gastar até US$ 72 bilhões em despesas de capital só em 2025 — quase integralmente voltados para IA e centros de dados de última geração.
“Estamos investindo centenas de bilhões de dólares em capacidade para construir a superinteligência”, afirmou Zuckerberg na publicação desta segunda-feira. “Nosso negócio tem capital suficiente para isso.”
As novas instalações são descritas como “clusters multigigawatts”, capazes de rivalizar com os maiores centros de dados do mundo. Um dos projetos mais ambiciosos está em construção na Paróquia de Richland, na Louisiana, e segundo o fundador do Facebook, terá dimensões comparáveis às de Manhattan.
Meta recruta talentos e amplia seu império digital
Em paralelo à infraestrutura, Zuckerberg tem liderado pessoalmente a formação de uma equipe de elite. O novo grupo de pesquisa, batizado de Meta Superintelligence Labs, conta com especialistas vindos da OpenAI, da DeepMind (do Google) e de outras potências do setor.
Recentemente, a Meta nomeou Alexandr Wang — cofundador da Scale AI — como diretor-chefe de IA, após adquirir 49% da empresa por US$ 14,3 bilhões. Outros nomes de peso também se juntaram à ofensiva, entre eles Nat Friedman, ex-CEO do GitHub, o fundador da startup de IA Daniel Gross e Ruoming Pang, ex-Apple, atraído com um pacote de compensação superior a US$ 200 milhões, segundo a Bloomberg.
Energia em escala de cidade para alimentar a IA
A magnitude da empreitada impressiona. Enquanto centros convencionais operam com algumas centenas de megawatts, os complexos da Meta devem superar a marca de 1 gigawatt, energia suficiente para abastecer cerca de 900 mil residências por ano, de acordo com a Carbon Collective.
Em sua publicação, Zuckerberg citou a firma SemiAnalysis, que aponta a Meta como a empresa mais próxima de inaugurar um “supercluster” com essa escala de potência.
Meta sustenta crescimento apesar de alto investimento
A Meta, sediada em Menlo Park, Califórnia, continua registrando crescimento em suas receitas — oriundas majoritariamente da publicidade em plataformas como Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger. As ações da companhia subiram levemente nesta segunda-feira, sendo cotadas a US$ 723,56 às 14h20 (horário de Nova York). No acumulado do ano, o papel já valorizou 23%.
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