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      Zambelli está presa em presídio superlotado na Itália e irá depor no dia 1º de agosto

      No interrogatório, Zambelli deverá informar se deseja retornar voluntariamente ao Brasil ou enfrentar o processo de extradição

      Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ EBC)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - Desde sua prisão na última terça-feira (29), a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) está detida no presídio feminino Germana Stefanini, parte do complexo penitenciário de Rebibbia, localizado na zona nordeste de Roma. A unidade é uma das três exclusivamente femininas da Itália e está entre as maiores da Europa. As informações são da Folha de S.Paulo e da CNN.

      Segundo dados do Departamento de Administração Penitenciária da Itália, o presídio abrigava, no fim de junho, 369 mulheres — quase cem além da capacidade original. O país enfrenta atualmente a terceira pior taxa de superlotação carcerária da União Europeia. Cerca de 30,8% das detentas são estrangeiras.

      A prisão, construída na década de 1950 e administrada por freiras até 1979, conta com duas grandes alas e outras quatro menores, totalizando 171 celas. A infraestrutura inclui espaços verdes, academia, biblioteca, teatro e área para práticas religiosas. O local também abriga mães com filhos pequenos e recebe tanto presas de segurança média quanto máxima.

      Zambelli está na seção Camerotti, a maior do complexo, distribuída em três andares com 12 celas por andar, cada uma equipada com dois beliches e banheiro. As duchas são coletivas e compartilhadas por todas as presas de cada andar. Segundo o advogado italiano Alexandro Maria Tirelli, "detentas que esperam a conclusão de um processo de extradição, como Zambelli, são destinadas a celas comuns, sem um setor específico para esses casos".

      A deputada será interrogada pela Justiça italiana na próxima sexta-feira (1º). No interrogatório, Zambelli deverá informar se deseja retornar voluntariamente ao Brasil ou enfrentar o processo de extradição. Caso opte por permanecer na Itália, o juiz poderá decidir entre a permanência no presídio, prisão domiciliar ou liberdade vigiada durante o andamento do processo, que pode durar até dois anos.

      A defesa já indicou que ela pretende seguir com o processo no país europeu. “Carla busca a não extradição e, obviamente, ser julgada com imparcialidade e justiça”, afirmou o advogado Fábio Pagnozzi em vídeo publicado no Instagram.

      Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão e à perda do mandato por ser considerada a mentora intelectual da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Um dos elementos centrais do caso foi a emissão de um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

      Segundo o deputado italiano Angelo Bonelli, do Partido Europa Verde, foi ele quem localizou a brasileira e informou sua presença às autoridades locais. Bonelli vinha questionando há meses a permanência de Zambelli na Itália, cobrando esclarecimentos dos ministérios do Exterior, do Interior e da Justiça do país.

      A versão da defesa, no entanto, diverge: tanto o advogado quanto a própria deputada afirmam que ela se entregou voluntariamente às autoridades italianas e pretende responder ao processo no país europeu.

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