Veja quais sanções o Irã pode sofrer após decisão da ONU
As sanções contra o Irã foram resultado de uma articulação entre Alemanha, França e Reino Unido. Teerã promete resposta dura
247 - Após acusar o Irã de não cumprir um acordo firmado em 2015 para limitar as atividades atômicas do país, a ONU decidiu retomar sanções que incluem um embargo de armas convencionais, proibindo a venda ou a transferência de armas aos iranianos.
As medidas são direcionadas a empresas, entidades e indivíduos que atue fornecendo os equipamentos necessários, o conhecimento técnico ou o financiamento, para programa nuclear iraniano ou para o desenvolvimento de mísseis balísticos.
Com a decisão da ONU, serão proibidas as importações, exportações ou transferências de peças, bens e tecnologias que sejam referentes a programas nucleares e de mísseis balísticos do Irã. As sanções congelam ativos de entidades e indivíduos no exterior pertencentes a pessoas ou entidades iranianas vinculadas aos programas nucleares.
As sanções contra o Irã foram solicitadas em 28 de agosto pelo grupo E3 (Alemanha, França, Reino Unido). Estão previstas para entrar em vigor neste sábado (27).
Irã se pronuncia
A decisão de restaurar as sanções das potências ocidentais provavelmente agravará as tensões com Teerã, que já alertou que a ação seria recebida com uma resposta dura e abriria caminho para uma escalada.
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse a um grupo de jornalistas e analistas que o Irã não tinha intenção de deixar o Tratado de Não Proliferação (TNP).
"O Irã nunca buscará armas nucleares... Estamos totalmente preparados para ser transparentes sobre nosso urânio altamente enriquecido", disse Pezeshkian.
O TNP entrou em vigor em 5 de março de 1970 após duas guerras mundiais de consequências catastróficas em nível global. Pelo menos 191 países aceitaram fazer parte do acordo - cinco deles são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia).