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Turquia se oferece para sediar cúpula sobre a Ucrânia, diz Erdogan

Presidente turco propõe criação de grupos de trabalho para impulsionar negociações de paz e retomar avanços obtidos nas conversas em Istambul

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, discursa durante uma declaração conjunta à imprensa em Bagdá, Iraque, em 22 de abril de 2024 (Foto: AHMAD AL-RUBAYE/Pool via REUTERS)

247 - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou ao líder ucraniano Volodymyr Zelensky que Ancara está pronta para receber uma cúpula de líderes dedicada à crise na Ucrânia. A declaração foi divulgada pela administração presidencial turca após uma conversa telefônica entre os dois, realizada a pedido de Kiev, segundo a agência russa TASS.

De acordo com Erdogan, a proposta prevê a criação de grupos de trabalho voltados para questões militares, humanitárias e políticas, como forma de abrir caminho para um encontro de alto nível. “A formação de grupos de trabalho sobre questões militares, humanitárias e políticas abrirá caminho para uma reunião de cúpula”, afirmou.

O mandatário destacou a importância dos avanços alcançados nas negociações diretas entre Ucrânia e Rússia realizadas em Istambul e expressou esperança de que as próximas rodadas de diálogo resultem em progresso rumo a um cessar-fogo e a uma paz duradoura. Erdogan também reiterou apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia.

Avanços e propostas na última rodada em Istambul

A terceira rodada de conversas diretas entre russos e ucranianos ocorreu em 23 de julho, na capital turca, e teve início com um encontro reservado entre os chefes das delegações — Vladimir Medinsky, pela Rússia, e Rustem Umerov, pela Ucrânia. As discussões se basearam em memorandos já apresentados por cada parte e resultaram em um acordo para ampliar as trocas de prisioneiros, incluindo civis.

Moscou propôs a criação de três grupos de trabalho — político, militar e humanitário — e ofereceu transferir 3 mil corpos adicionais de soldados ucranianos. Também sugeriu retomar pausas humanitárias breves ao longo da linha de frente para permitir o resgate de feridos e a recuperação de mortos.

Segundo Medinsky, a realização da quarta rodada de negociações dependerá da implementação dos acordos estabelecidos no último encontro.

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