247 - A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil informou, nesta quarta-feira (1º), que a conta oficial no X (antigo Twitter) deixará de ser atualizada regularmente devido à paralisação orçamentária do governo norte-americano. A medida foi anunciada em comunicado oficial.
Segundo a representação diplomática, o perfil só será utilizado para alertas de segurança considerados urgentes. “Devido à paralisação orçamentária, esta conta do X não será atualizada regularmente até a retomada total das operações, exceto para informações urgentes de segurança”, diz a nota.
<h2>Serviços de vistos e passaportes sob risco</h2>
Ainda de acordo com a embaixada, a emissão de vistos no Brasil poderá ser suspensa nos próximos dias. A continuidade do atendimento dependerá da disponibilidade de recursos financeiros do governo dos Estados Unidos. “Os serviços de passaporte e visto programados nos Estados Unidos e em Embaixadas e Consulados dos EUA no exterior continuarão enquanto a situação permitir”, destacou o comunicado.
O alerta é especialmente relevante para brasileiros que aguardam agendamento ou processamento de vistos, já que o serviço pode ser interrompido a qualquer momento. A recomendação é que os solicitantes acompanhem os comunicados oficiais para se manterem atualizados sobre possíveis alterações.
<h2>Shutdown nos Estados Unidos</h2>
A crise decorre da paralisação de grande parte das operações do governo norte-americano, iniciada nesta quarta-feira (1º), após o fracasso de um acordo de financiamento entre o Congresso e a Casa Branca. O bloqueio orçamentário suspende atividades essenciais e ameaça impactar a economia e a vida cotidiana da população.
A medida foi tomada poucas horas depois de o Senado rejeitar uma proposta emergencial que manteria o funcionamento do governo até 21 de novembro. A falta de consenso entre democratas e republicanos — centrada na renovação de subsídios de saúde que expiram no fim do ano — levou à interrupção de serviços e ao afastamento temporário de milhares de servidores públicos.

Guilherme Levorato

Bandeira dos EUA no Departamento de Justiça - 15/12/2020   

original

1250x600

610x380

1280x490

300x400

500x240

321x200

square

360x640

320x320

3000x1800

thumbnail

viewImage

Mundo

Embaixada dos EUA anuncia paralisação de serviços por 'apagão' orçamentário

(Reuters) – A Rússia lançou centenas de drones e mísseis contra Kiev e outras partes da Ucrânia na madrugada de domingo, matando pelo menos quatro pessoas e ferindo dezenas, em um dos ataques mais intensos contra a capital desde o início da guerra em larga escala.
A vizinha Polônia fechou seu espaço aéreo próximo a duas cidades no sudeste do país e acionou caças de sua força aérea em resposta, até que o perigo tivesse passado.
O exército ucraniano informou que a Rússia lançou 595 drones e 48 mísseis durante a noite, dos quais 568 drones e 43 mísseis foram abatidos pelas defesas aéreas. Ressaltou que o principal alvo da ofensiva foi a capital Kiev.
O presidente Volodymyr Zelensky disse que o ataque, que durou mais de 12 horas, atingiu uma clínica de cardiologia, fábricas e edifícios residenciais.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou neste domingo que realizou um ataque “massivo” contra a Ucrânia com armas de longo alcance lançadas do ar e do mar, além de drones, para atingir infraestrutura militar, incluindo aeródromos. Moscou nega atacar civis em sua guerra contra a Ucrânia, embora milhares tenham sido mortos e áreas residenciais amplamente destruídas por suas ofensivas.
<h3>Zelensky pede ação dos parceiros internacionais</h3>
Zelensky voltou a pedir à comunidade internacional que aja de forma decisiva para cortar as receitas energéticas da Rússia que financiam a invasão. Até agora, a Ucrânia não conseguiu convencer o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a impor sanções punitivas contra Moscou.
“O tempo para uma ação decisiva já passou, e contamos com uma resposta forte dos Estados Unidos, da Europa, do G7 e do G20”, afirmou ele no aplicativo de mensagens Telegram.
Kiev despertou com fortes explosões, drones sobrevoando a cidade e o estrondo das defesas aéreas. A fumaça de um dos locais atingidos se espalhava pelo céu da manhã quando o alerta aéreo terminou às 9h13 (6h13 GMT), quase sete horas após o início do ataque.
Jornalistas da Reuters visitaram uma área nos arredores de Kiev, onde fileiras de casas recém-construídas estavam quase totalmente destruídas e carros estacionados haviam sido esmagados pelos destroços que caíam.
Moradores reviravam os escombros de um prédio residencial depois que suas janelas foram estilhaçadas pela força da explosão. Algumas pessoas correram para estações de metrô subterrâneas, de onde acompanharam os acontecimentos em seus celulares.
<h3>Defesas ucranianas sob pressão com ataques em larga escala</h3>
Ataques nessa escala têm colocado à prova as limitadas defesas aéreas da Ucrânia ao longo de 2025. Zelensky afirmou no sábado que um novo sistema de mísseis Patriot, fornecido por Israel, já havia sido implantado, e que esperava a chegada de mais dois até o outono.
Ele e outros oficiais vêm solicitando mais apoio dos parceiros internacionais para proteger os céus da Ucrânia, mas os sistemas de defesa aérea são limitados e outras nações também buscam reforçar suas próprias defesas diante das ameaças percebidas da Rússia.
Zelensky afirmou que o ataque de domingo atingiu várias regiões, incluindo a cidade de Zaporizhzhia, no sul, onde as autoridades disseram que pelo menos 16 pessoas ficaram feridas.
Os serviços de emergência informaram que pelo menos quatro pessoas foram mortas, enquanto autoridades locais relataram 67 feridos em todo o país.
Entre as vítimas fatais estaria uma menina de 12 anos, embora isso ainda não tenha sido oficialmente confirmado, disse Tymur Tkachenko, chefe da administração militar de Kiev, no Telegram.

Bianca Penteado

Explosão em Kiev após ataque russo com drones - 10/07/2015 

Rússia bombardeia Kiev e outras regiões em ataque massivo com drones e mísseis

247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou em entrevista à rede norte-americana NBC News que Moscou aceitou considerar algumas propostas apresentadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para buscar uma solução ao conflito na Ucrânia. A declaração foi feita após o encontro entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, realizado na semana passada no Alasca.
Segundo Lavrov, Trump apresentou essas iniciativas também em reunião com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e seus apoiadores da Europa Ocidental, em Washington. “O presidente Trump sugeriu após Anchorage vários pontos que compartilhamos, e em alguns deles concordamos em mostrar alguma flexibilidade”, declarou o chanceler russo. No entanto, destacou que Zelensky recusou todas as propostas apresentadas, incluindo o compromisso de manter a Ucrânia fora da Otan e a abertura para discutir questões territoriais.
<h3>Divergências sobre pontos centrais do acordo</h3>
Lavrov explicou que, além de rejeitar a discussão territorial e a neutralidade da Ucrânia em relação à Otan, Zelensky também se opôs a revogar a legislação que restringe o uso da língua russa em território ucraniano. “Putin está pronto para se reunir com Zelensky quando houver uma pauta concreta para uma cúpula”, afirmou. Contudo, ressaltou que, no momento, “não há encontro planejado”.
De acordo com Lavrov, Trump propôs que a próxima etapa das negociações de paz fosse um encontro direto entre os presidentes da Rússia e da Ucrânia, antes de um eventual diálogo trilateral. Em entrevista à Fox News, o líder norte-americano enfatizou que Zelensky “precisa mostrar alguma flexibilidade”.
<h3>Resistência de Kiev e impasse diplomático</h3>
Apesar dos esforços, Lavrov destacou que o governo ucraniano não demonstra disposição em construir uma paz duradoura. Ele citou declarações do assessor de Zelensky, Mikhail Podoliak, que defendeu a recuperação de territórios atualmente sob controle russo e reafirmou a intenção de Kiev em se integrar a alianças militares, mesmo que não seja a Otan.
Para Moscou, tais posicionamentos entram em choque com os esforços conjuntos de Trump e Putin em busca de uma solução negociada. O chanceler reiterou que a Rússia defende um acordo que ataque as causas estruturais do conflito: neutralidade ucraniana, não adesão a blocos militares, desmilitarização, desnazificação e reconhecimento da nova realidade territorial.

Luis Mauro Filho

Lavrov diz que Rússia pode mostrar flexibilidade a propostas de Trump sobre a Ucrânia, mas Zelensky rejeita

247 - O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, afirmou que Vladimir Putin, presidente da Rússia, vetou uma proposta de ataque contra Kiev utilizando o recém-desenvolvido míssil hipersônico Oreshnik. A informação foi divulgada pela agência russa RT em reportagem publicada nesta sexta-feira (22).
Segundo Lukashenko, figuras do alto escalão em Moscou chegaram a sugerir que os “centros de decisão” da capital ucraniana fossem alvo da nova arma. No entanto, Putin teria descartado a ideia de forma categórica. “Absolutamente não”, teria dito o presidente russo, de acordo com o relato do líder bielorrusso, acrescentando que, caso o ataque tivesse ocorrido, “não teria restado nada”.
<h3>O poder destrutivo do Oreshnik</h3>
O míssil Oreshnik é um sistema hipersônico de médio alcance capaz de atingir velocidades de até Mach 10, carregando ogivas convencionais ou nucleares, além de múltiplos projéteis guiados. Analistas militares russos afirmam que o armamento não pode ser interceptado pelos sistemas defensivos atuais. O Oreshnik foi testado em combate pela primeira vez em novembro de 2024, quando atingiu a instalação militar ucraniana Yuzhmash, em Dnipro. Autoridades de Moscou chegaram a comparar sua força destrutiva, mesmo com ogivas convencionais, a um ataque nuclear de baixa intensidade.
<h3>Putin e a recusa em escalar o conflito</h3>
Putin já havia declarado anteriormente que o Ocidente busca provocar a Rússia a recorrer ao uso de armas nucleares no conflito, mas reiterou que essa medida não é necessária. “Espero que não seja necessário”, disse em maio deste ano. Lukashenko reforçou que Moscou mantém a disposição de buscar uma saída pacífica para a guerra, lembrando que, em 2022, quando tropas russas chegaram às portas de Kiev, o Kremlin optou por não bombardear áreas civis e retirou suas forças em meio a negociações.
Na ocasião, a Rússia descreveu a retirada como um “gesto de boa vontade” antes de um possível acordo de paz, que não se concretizou após Kiev, sob pressão do Reino Unido, decidir seguir com a resistência militar.

Lukashenko, presidente reeleito de Belarus 

Putin barrou ataque com míssil hipersônico contra Kiev, afirma Lukashenko

247 - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou ao líder ucraniano Volodymyr Zelensky que Ancara está pronta para receber uma cúpula de líderes dedicada à crise na Ucrânia. A declaração foi divulgada pela administração presidencial turca após uma conversa telefônica entre os dois, realizada a pedido de Kiev, segundo a agência russa TASS.
De acordo com Erdogan, a proposta prevê a criação de grupos de trabalho voltados para questões militares, humanitárias e políticas, como forma de abrir caminho para um encontro de alto nível. “A formação de grupos de trabalho sobre questões militares, humanitárias e políticas abrirá caminho para uma reunião de cúpula”, afirmou.
O mandatário destacou a importância dos avanços alcançados nas negociações diretas entre Ucrânia e Rússia realizadas em Istambul e expressou esperança de que as próximas rodadas de diálogo resultem em progresso rumo a um cessar-fogo e a uma paz duradoura. Erdogan também reiterou apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia.
<h3>Avanços e propostas na última rodada em Istambul</h3>
A terceira rodada de conversas diretas entre russos e ucranianos ocorreu em 23 de julho, na capital turca, e teve início com um encontro reservado entre os chefes das delegações — Vladimir Medinsky, pela Rússia, e Rustem Umerov, pela Ucrânia. As discussões se basearam em memorandos já apresentados por cada parte e resultaram em um acordo para ampliar as trocas de prisioneiros, incluindo civis.
Moscou propôs a criação de três grupos de trabalho — político, militar e humanitário — e ofereceu transferir 3 mil corpos adicionais de soldados ucranianos. Também sugeriu retomar pausas humanitárias breves ao longo da linha de frente para permitir o resgate de feridos e a recuperação de mortos.
Segundo Medinsky, a realização da quarta rodada de negociações dependerá da implementação dos acordos estabelecidos no último encontro.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, discursa durante uma declaração conjunta à imprensa em Bagdá, Iraque, em 22 de abril de 2024

Turquia se oferece para sediar cúpula sobre a Ucrânia, diz Erdogan

247 - O Ministério da Defesa da Rússia afirmou, nesta terça-feira (12), que recebeu informações de diversas fontes apontando para um plano de provocação do governo de Kiev com o objetivo de sabotar a cúpula Rússia–Estados Unidos marcada para o próximo dia 15 de agosto. A denúncia foi divulgada pela agência estatal russa Sputnik.
De acordo com o comunicado, na segunda-feira (11), o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) teria transportado um grupo de jornalistas estrangeiros para a cidade de Chuguyev, na região de Kharkov, próxima à fronteira com a Rússia, sob o pretexto de preparar reportagens sobre moradores da zona de frente de combate.
Ainda segundo Moscou, o plano envolveria um ataque provocativo das Forças Armadas ucranianas, com uso de drones e mísseis, contra um bairro residencial densamente povoado ou um hospital da cidade, resultando em elevado número de vítimas civis. O papel dos jornalistas estrangeiros seria registrar imediatamente o ocorrido e atribuir a responsabilidade ao Exército russo.
O objetivo, segundo a Rússia, seria criar um “cenário midiático negativo” para dificultar a cooperação entre Moscou e Washington na busca de uma solução para o conflito na Ucrânia. O Ministério da Defesa russo também alertou que “provocações semelhantes” poderiam ocorrer em outros locais controlados por Kiev.

Guilherme Paladino

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Kiev

Rússia acusa Kiev de planejar ataque para sabotar cúpula com os EUA

247 - As vendas de veículos elétricos da Tesla continuam em declínio acelerado nos principais mercados da Europa. Segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira e reportados pela Reuters, a montadora norte-americana sofreu uma retração superior a 50% nas vendas em julho de 2025 no Reino Unido e na Alemanha — os dois maiores centros automotivos do continente. Em contraste, a chinesa BYD registrou crescimento exponencial, com vendas quase cinco vezes maiores na Alemanha e mais de quatro vezes no mercado britânico, no mesmo período, informa o jornal <a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/08/05/vendas-da-tesla-despencam-ate-60percent-na-europa-e-as-da-byd-quintuplicam.ghtml?utm_source=X&amp;utm_medium=Social&amp;utm_campaign=O%20Globo">O Globo</a>.
A retração da Tesla ocorre em um contexto de queda de reputação global do bilionário Elon Musk, atual proprietário da empresa. Nem mesmo a reformulação do Model Y foi suficiente para conter a rejeição crescente dos consumidores europeus, que também têm optado por modelos mais baratos e competitivos, como os oferecidos pela BYD. A ofensiva da fabricante chinesa está sendo impulsionada por uma combinação de preços agressivos e ampliação da rede de distribuição.
Impacto político e rejeição à imagem de Musk - A crise da Tesla na Europa vai além da concorrência e tem raízes na imagem pública de seu principal executivo. Elon Musk, que assumiu em 2025 o comando do controverso Departamento de Eficiência Governamental (Doge) no governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, passou a ser alvo de críticas em todo o mundo. O bilionário promoveu cortes drásticos no funcionalismo público e fechou diversas agências federais, o que causou revolta em setores progressistas e moderados.
O apoio explícito a Trump também pesou na reputação da Tesla. A fidelidade à marca, antes considerada uma das mais altas entre os consumidores norte-americanos, entrou em colapso. Pesquisa da S&amp;P Global Mobility revela que a taxa de clientes que optam por um novo Tesla ao substituir o antigo despencou de 73% em junho de 2024 para 49,9% em março de 2025, após Musk assumir o Doge. A deterioração foi tão expressiva que ele deixou o cargo em maio deste ano.
Números que confirmam a virada - O tombo da Tesla é visível nos números de registros de novos veículos — principal indicador de vendas no setor. No Reino Unido, as vendas em julho desabaram 60%, totalizando apenas 987 unidades. Na Alemanha, a queda foi de 55%, com 1.110 veículos emplacados no mês. De acordo com os dados setoriais, a Tesla recuou 45% nos dez mercados europeus que, juntos, respondem por mais de 80% de suas vendas na União Europeia, Reino Unido e países da Associação Europeia de Livre Comércio.
Enquanto isso, a BYD, fundada na China em 1995, está em plena expansão. Na Alemanha, suas vendas quintuplicaram em julho, alcançando 1.126 unidades no mês e totalizando 7.449 no acumulado do ano. Já no Reino Unido, o crescimento foi ainda mais impressionante: alta de mais de 300% em relação ao mesmo mês do ano passado, com 3.184 carros comercializados.
Reestruturação em curso e cenário incerto - A Tesla, embora ainda mantenha forte presença nos Estados Unidos, enfrenta um cenário desafiador no mercado internacional, especialmente na Europa, onde a percepção pública sobre Musk tornou-se um obstáculo. A combinação entre desgaste político, concorrência asiática crescente e desaceleração do entusiasmo por veículos premium indica que a empresa precisará reformular sua estratégia global para se manter competitiva.
A ascensão da BYD, por outro lado, reforça o protagonismo da China na nova corrida automotiva global. Com foco em inovação, volume de produção e parcerias locais, a empresa caminha para se tornar o novo símbolo do carro elétrico acessível e eficiente — uma fórmula que pode redesenhar a liderança no setor nos próximos anos.

Um modelo em miniatura impresso em 3D de Elon Musk e o logotipo da Tesla são vistos nesta ilustração tirada em 23 de janeiro de 2025

Economia

Tesla sofre queda histórica de vendas na Europa enquanto BYD dispara

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira (3) a importância do seu encontro com o ativista de direitos humanos argentino Adolfo Perez Esquivel, que ganhou o prêmio Nobel da Paz em 1980.&nbsp;
Em Buenos Aires, as duas lideranças pediram liberdade para a ex-presidenta argentina Cristina Kirchner, que, desde 17 de junho, cumpre pena domiciliar na capital após ser vítima de lawfare. A peronista foi condenada a seis anos de prisão por corrupção em um processo judicial polêmico, questionado por ativistas e políticos do campo progressista argentino, que denunciam falta de provas.
O gesto de Lula e Esquivel representa uma iniciativa histórica na América do Sul. No Brasil, o atual presidente da República foi vítima de lawfare na Operação Lava Jato, ao ser condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP) e posteriormente retirado da eleição de 2018. O motivo foi a condenação determinada pelo ex-juiz suspeito Sergio Moro na época. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal declarou a suspeição do ex-magistrado e devolveu os direitos políticos do petista.
“Ele me falou das lutas na Argentina, a defesa da companheira Cristina Kirchner (@CFKArgentina), e eu pude contar um pouco do que temos enfrentado no Brasil. Seguimos juntos no compromisso que assumimos em nossas vidas de construir um mundo mais justo e solidário”, escreveu Lula na rede social X ao comentar a reuniào com o ativista.
“Fiquei feliz em encontrar o amigo e companheiro Adolfo Perez Esquivel (@PrensaPEsquivel), na tarde desta quinta (3), em Buenos Aires. Conversamos sobre os desafios que estão colocados para os defensores da democracia nesses tempos turbulentos que vivemos na geopolítica internacional, com o avanço da extrema-direita”, acrescentou o presidente.
O ativista argentino também se pronunciou. “Hoje nos encontramos com o irmão e companheiro @LulaOficial para dizer #CristinaLibre! A guerra jurídica continua viva na região, destruindo nossas democracias. As mentiras contra Lula ruíram no Brasil e continuarão a ruir aqui. Cristina é inocente. Lute e volte…”.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Fiquei feliz em encontrar o amigo e companheiro Adolfo Perez Esquivel (<a href="https://twitter.com/PrensaPEsquivel?ref_src=twsrc%5Etfw">@PrensaPEsquivel</a>), na tarde desta quinta (3), em Buenos Aires. Conversamos sobre os desafios que estão colocados para os defensores da democracia nesses tempos turbulentos que vivemos na geopolítica… <a href="https://t.co/9FBWTKoXh3">pic.twitter.com/9FBWTKoXh3</a>&mdash; Lula (@LulaOficial) <a href="https://twitter.com/LulaOficial/status/1940897161366962543?ref_src=twsrc%5Etfw">July 3, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
 
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Hoy nos reunimos con el hermano y compañero <a href="https://twitter.com/LulaOficial?ref_src=twsrc%5Etfw">@LulaOficial</a> para decir <a href="https://twitter.com/hashtag/CristinaLibre?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#CristinaLibre</a>! El lawfare sigue vivo en la región destruyendo nuestras democracias. Se cayeron las mentiras contra Lula en Brasil y se van a caer acá. Cristina es inocente. Luche y vuelve… <a href="https://t.co/xxYJuIiw19">pic.twitter.com/xxYJuIiw19</a>&mdash; Adolfo Pérez Esquivel (@PrensaPEsquivel) <a href="https://twitter.com/PrensaPEsquivel/status/1940827619047743648?ref_src=twsrc%5Etfw">July 3, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Leonardo Lucena

Mauro Vieira, Lula e Adolfo Perez Esquivel 

América Latina

Em Buenos Aires, Lula e Nobel da Paz pedem liberdade para Cristina Kirchner, alvo de lawfare

247 - O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, recebeu seus colegas australiano, indiano e japonês na terça-feira (1), buscando aumentar os esforços para enfrentar a China, mesmo com divergências comerciais e outros desentendimentos bilaterais introduzindo atritos nas relações. A reportagem é da agência Reuters:
Os quatro países, conhecidos como Quad, compartilham preocupações sobre o crescente poder da China, mas os laços foram prejudicados pela ofensiva tarifária global do presidente <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Donald+Trump">Donald Trump</a>, da qual nenhum dos membros foi poupado.
O ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, no entanto, disse que a reunião foi "muito produtiva".
"O encontro de hoje fortalecerá a estabilidade estratégica no Indo-Pacífico e o manterá livre e aberto", disse ele em uma publicação no X.
Ao dar as boas-vindas aos seus colegas, <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Rubio">Rubio </a>chamou os países do Quad de parceiros estratégicos importantes e disse que era hora de "tomar medidas" em questões específicas.
Ele disse que 30 ou 40 empresas dos países do Quad se reuniriam no Departamento de Estado na terça-feira para discutir cooperação, incluindo a diversificação da cadeia de suprimentos de minerais essenciais, um setor atualmente dominado pela China.
A reunião oferece uma oportunidade para redirecionar a atenção para a região vista como o principal desafio para os EUA, depois que Trump se distraiu com questões em outros lugares, incluindo o recente conflito entre Israel e Irã. Em janeiro, o Quad afirmou que se reuniria regularmente para se preparar para uma cúpula de líderes na Índia ainda este ano.
Rubio também manterá reuniões bilaterais com Takeshi Iwaya, do Japão, e Jaishankar, da Austrália, e Penny Wong.
O secretário do Tesouro dos <a href="https://www.brasil247.com/search?term=EUA">EUA</a>, Scott Bessent, disse mais cedo na terça-feira que os EUA e a Índia estavam perto de um acordo para reduzir tarifas sobre importações dos EUA e ajudar a Índia a evitar que as taxas subam acentuadamente na próxima semana.
Jaishankar disse em um evento em Nova York na segunda-feira que havia esperanças de levar as negociações a uma conclusão bem-sucedida, o que exigiria "ceder e receber" para encontrar um meio-termo.
Após a reunião do Quad, Jaishankar foi ao Pentágono, onde o Secretário de Defesa Pete Hegseth disse que esperava que a Índia e os EUA pudessem dar continuidade aos seus esforços de integração de defesa.
"Esperamos poder concluir diversas vendas pendentes de defesa dos EUA para a Índia, expandir nossa cooperação industrial de defesa compartilhada e esforços de coprodução", disse Hegseth no início da reunião.
Outras questões pressionaram as relações.
A Índia discordou das alegações de Trump de que sua intervenção e ameaças de interromper as negociações comerciais evitaram um grande conflito entre a Índia e o Paquistão depois que militantes mataram turistas indianos na disputada região da Caxemira em abril.
Na segunda-feira, Jaishankar reafirmou a posição da Índia de que o comércio não foi um fator para um cessar-fogo com o Paquistão, acrescentando, em referência aos EUA, que "os relacionamentos nunca estarão livres de problemas" e que "o que importa é a capacidade de lidar com isso e manter essa tendência na direção positiva".
<h3>NEGOCIAÇÕES TARIFÁRIAS</h3>
O Japão, principal aliado dos EUA na região Indo-Pacífico, adiou uma reunião ministerial anual com os Departamentos de Estado e de Defesa dos EUA, que deveria ter sido realizada na terça-feira. Reportagens da imprensa afirmaram que a medida ocorreu após pressão dos EUA para que o país aumentasse os gastos com defesa além do solicitado anteriormente.
Nicholas Szechenyi, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington, disse que os laços entre EUA e Japão parecem ter perdido força desde que o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba e Trump saudaram uma nova era de ouro nos laços em uma cúpula em fevereiro.
"As negociações tarifárias são exaustivas, e os japoneses parecem exasperados com os discursos públicos do governo sobre gastos com defesa", disse Szechenyi.
O Financial Times disse na semana passada que as exigências vieram de Elbridge Colby, o terceiro funcionário mais graduado do Pentágono, que, segundo analistas, também criou recentemente ansiedade na Austrália ao lançar uma revisão do enorme projeto AUKUS para fornecer ao país submarinos com propulsão nuclear.
Arthur Sinodinos, ex-embaixador da Austrália em Washington e atualmente na consultoria Asia Group, disse que questões bilaterais podem ofuscar a reunião, da qual Washington está ansioso para ver um foco maior do Quad na segurança.
"O público australiano estará procurando pistas sobre a posição dos EUA em relação ao AUKUS, bem como em relação ao comércio", disse ele.
Reportagem de David Brunnstrom; Reportagem adicional de Humeyra Pamuk, Idrees Ali e Phil Stewart; Edição de Don Durfee, Sandra Maler e Paul Simao

Ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, a Ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, o Ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeshi Iwaya, e o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, juntos no início de sua reunião do Quad Indo-Pacífico no Departamento de Estado em Washington, DC, nos EUA- 01/07/2025 

Em encontro, EUA reforçam aliança com parceiros do Indo-Pacífico e voltam a mirar China

247 - O consumo doméstico apresentou crescimento de 2,04% em maio em relação a abril, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O avanço foi atribuído a um conjunto de fatores ligados à elevação da renda disponível das famílias e à desaceleração da inflação no período.
De acordo com o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, a demanda foi beneficiada por medidas de estímulo ao poder de compra, como a antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS, o reajuste salarial de servidores públicos federais e o pagamento do primeiro lote da restituição do Imposto de Renda.
“A renda real e a empregabilidade continuam crescendo de forma consistente, e isso tem repercussão direta no aumento do consumo”, afirmou Milan. Ele acrescentou que os dados reforçam uma tendência de retomada gradativa do mercado interno, impulsionada por fatores conjunturais favoráveis à população de baixa e média renda.
O dirigente também comentou os efeitos do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), afirmando que a antecipação de recebíveis ajudou a reduzir eventuais impactos sobre o setor. A medida, no entanto, foi revogada pelo Congresso Nacional na quarta-feira (25), o que elimina um dos fatores de incerteza para o varejo.
Os dados refletem uma conjuntura econômica em que o consumo das famílias volta a ganhar fôlego diante da melhora dos indicadores de renda e emprego, apoiados por políticas de transferência e recuperação do mercado de trabalho. No entanto, o setor segue atento aos efeitos de medidas fiscais e monetárias que possam impactar a confiança do consumidor.

Consumo nos lares brasileiros sobe 2,04% em maio com estímulo à renda, diz Abras

247 – Em um contundente depoimento à TV 247, o ativista brasileiro Thiago Ávila detalhou os momentos dramáticos que viveu como integrante da Flotilha da Liberdade, interceptada por Israel em águas internacionais quando levava ajuda humanitária à população de Gaza. A missão, embora tenha sido impedida de cumprir seu objetivo principal de abrir um corredor humanitário, teve, segundo Ávila, um êxito simbólico de grandes proporções. “A flotilha ajudou a conscientizar muitas pessoas”, afirmou.
A bordo de um dos barcos da missão, que navegava há oito dias rumo à Faixa de Gaza com medicamentos, próteses, filtros de água e alimentos, Thiago Ávila relatou o que chamou de “crime internacional” cometido pelas forças israelenses. “O que buscávamos era abrir um corredor humanitário dos povos”, explicou. “Fomos vítimas de um crime de guerra, uma violação da Lei dos Mares e da ordem da Corte Internacional de Justiça que proíbe Israel de impedir ajuda humanitária para Gaza.”
<h3>A operação de sequestro</h3>
De acordo com Ávila, o governo de Benjamin Netanyahu já havia deixado claro, por meio do ministro da Defesa Israel Katz, que a flotilha seria interceptada. A unidade enviada foi a mesma que participou do ataque ao navio Mavi Marmara, em 2010, quando dez ativistas foram mortos. “Acusavam nossa flotilha de levar armas e guerrilheiros, o que é uma mentira absurda. Somos uma ação não violenta”, destacou.
Na madrugada de 12 de junho, a flotilha foi cercada por navios israelenses, drones e helicópteros. “Tive medo de ser executado”, confessou Ávila, ao relatar o momento em que foi separado do grupo e levado à frente da embarcação sob mira de fuzis. Os soldados tentaram filmar a cena como peça de propaganda, oferecendo água e comida aos ativistas, enquanto fora das câmeras o clima era de terror. “Eles apontavam as armas enquanto tentavam construir uma imagem falsa de acolhimento.”
<h3>Resistência e prisão</h3>
Ao serem levados para o porto de Ashdod, os ativistas foram submetidos a interrogatórios e pressionados a assinar documentos afirmando que entraram ilegalmente em Israel. Todos recusaram. “Nós não tínhamos nenhuma intenção de entrar em Israel. Fomos sequestrados em águas internacionais. Só assinaríamos se Israel reconhecesse o sequestro”, disse Ávila.
Em retaliação, o grupo foi levado a um centro de detenção em condições degradantes, com percevejos, água contaminada e privação de sono. Thiago Ávila, que iniciou uma greve de fome e sede em protesto, foi transferido para uma cela solitária. “Eu não ia aceitar comida nem água de um Estado que mantém mais de 10 mil presos políticos palestinos, incluindo 400 crianças”, afirmou.
Na cela, foi alvo de maus-tratos e agressões físicas. “Era jogado contra a parede, e os guardas diziam: ‘Bem-vindo a Israel’”, relatou. Com dificuldades para respirar, ferimentos causados pelas algemas e ameaças constantes, Ávila afirmou que viveu momentos de pavor e resistência.
<h3>Greta Thunberg e a força da solidariedade</h3>
A ativista sueca Greta Thunberg também integrou a missão e, segundo Ávila, foi uma das vozes mais firmes. “A Greta é uma das pessoas mais incríveis e corajosas que eu já conheci”, disse. Ela aceitou deixar a prisão antes dos demais por decisão do grupo, que entendeu que sua liberdade permitiria dar visibilidade internacional ao ocorrido.
Depois de quatro dias preso, Ávila foi libertado junto com os demais ativistas. Recusou-se a embarcar para o Brasil até ter certeza de que todos seriam soltos. "Eu só vou para casa quando a última pessoa da nossa missão for embora também", garantiu. No aeroporto, a alegria da liberdade foi abalada por mais um capítulo da escalada bélica israelense: um bombardeio ao Irã forçou o cancelamento do voo dos últimos companheiros de missão. “Foi uma mistura de alegria e tristeza que, sinceramente, eu até agora não superei”, confessou.
Apesar de não ter conseguido abrir o corredor humanitário, Ávila vê a missão como um marco. “Tivemos uma derrota parcial, por não conseguir criar o corredor humanitário. Mas hoje milhões de pessoas sabem da opressão”, afirmou. Segundo ele, a exposição da violência israelense contra civis desarmados e contra ações de solidariedade impactou a opinião pública global. “O destino de todos os povos do mundo é a liberdade.”
Ao final da entrevista, Ávila reafirmou sua militância e anunciou novas ações: “Eu ainda espero que o Brasil rompa relações com Israel. E teremos novas missões da flotilha. Eu vou seguir fazendo exatamente o que sempre fiz: lutar contra a exploração, a destruição da natureza e todas as formas de opressão.” A próxima missão está prevista para julho e deve ser ainda maior. Assista:
<div class="embed-block"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TY3W9cgxGok?si=1-pz43IBAV__qoen" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe></div>

Redação Brasil 247

Entrevistas

“A flotilha ajudou a conscientizar muitas pessoas", diz Thiago Ávila

247 - Durante sua visita oficial à França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender uma saída negociada para a guerra entre Rússia e Ucrânia e criticou os impasses que impedem a construção de um caminho efetivo para a paz. Ao lado do presidente francês Emmanuel Macron, Lula reiterou que o Brasil condena tanto a invasão russa quanto a continuidade do conflito e se colocou novamente à disposição para contribuir com esforços multilaterais em busca de uma resolução diplomática. A informação é da Agência Brasil.
"O Brasil, desde o começo dessa guerra, se posicionou contra a ocupação territorial que a Rússia fez no território ucraniano. Ao mesmo tempo, se posicionou contra a guerra", declarou o presidente. Ele lembrou que, ao lado da China, o Brasil apresentou uma proposta conjunta com outros 13 países emergentes para formar um grupo de mediação internacional, o chamado "grupo de amigos da paz".
Lula também relatou ter conversado pessoalmente com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e com o presidente da China, Xi Jinping, para insistir na necessidade de envolvimento direto nas negociações. "Liguei outra vez para o presidente Putin para dizer a ele que era extremamente importante que ele fosse a Istambul participar pessoalmente das negociações, que seria um sinal que ele faria ao mundo de que está interessado na construção da paz", contou.
"A guerra não interessa a ninguém", afirma Lula - O presidente brasileiro demonstrou preocupação com a escalada de tensões recentes. "Fiquei preocupado porque, na semana passada, quando se começou a discutir a paz, me parece que houve um ataque da Ucrânia à Rússia, e agora estou vendo que o Trump disse que conversou com o Putin e que a conversa não foi muito boa, que o Putin disse que vai retaliar a Ucrânia."
Lula condenou o prolongamento do conflito e destacou as perdas humanas como o aspecto mais trágico da guerra. "Já está mais do que provada a insanidade mental da guerra. A guerra não constrói nada. Ela destrói. E uma coisa destruída, a parte mais sagrada não volta, que são os seres humanos que morreram", afirmou. "Quando os dois quiserem negociar a paz, estaremos dispostos a dar nossa contribuição. Mas são os dois que têm que decidir."
Macron: "A Rússia violou a Carta das Nações Unidas" - Em contraste com a posição de equilíbrio apresentada por Lula, o presidente Emmanuel Macron adotou um tom mais direto. Para o mandatário francês, a guerra tem um responsável claro. "Há um agressor, a Rússia, e um agredido, a Ucrânia. Todos queremos a paz. Mas os dois não podem ser tratados em pé de igualdade", disse Macron, reforçando que o presidente russo rejeitou a proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos e aceita por Volodymyr Zelensky em março.
"A violação aconteceu; foi causada pela Rússia, e não pela Ucrânia. Então, não podemos nos enganar. Um país violou a Carta das Nações Unidas e recusa a paz", pontuou o presidente francês. Ainda segundo Macron, a mobilização de países como Brasil, China, Estados Unidos e Índia é essencial para pressionar Moscou. "Devemos todos fazer pressão sobre a Rússia para que ela ponha um fim a este conflito", defendeu.
Crítica à paralisia da ONU e apelo por sua reforma - Lula aproveitou o tema para criticar a impotência do sistema multilateral diante de conflitos armados prolongados. "Lamentavelmente, a ONU está enfraquecida e tem pouco poder de dar opinião sobre a guerra. Por isso, o Brasil tem brigado pelo fortalecimento da representação do Conselho de Segurança da ONU", disse. A crítica ecoa o posicionamento histórico do Brasil pela reforma do organismo, que completará 80 anos sob crescente questionamento quanto à sua eficácia.
A proposta brasileira de reformar o Conselho de Segurança – que atualmente mantém cinco membros permanentes com poder de veto – busca ampliar a representatividade dos países em desenvolvimento e fortalecer a autoridade da ONU em crises como a da Ucrânia e do Oriente Médio.

Paulo Emilio

Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron, durante Cerimônia oficial de boas-vindas. Esplanada dos Inválidos, em Paris

Tudo sobre kiev