Trump sinaliza acordo de cessar-fogo na Ucrânia e pressiona a Rússia
Presidente dos EUA afirma que Ucrânia já aceitou a trégua e aguarda resposta russa para avançar em negociações de paz
247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que autoridades americanas estão viajando para a Rússia nesta quarta-feira (12) para discutir um acordo de cessar-fogo na guerra entre Ucrânia e Rússia. A proposta inclui uma pausa de 30 dias nos combates e a abertura de negociações de paz. As informações foram divulgadas pela Reuters.
Trump declarou que a decisão agora depende da Rússia, após a Ucrânia ter concordado com os termos da trégua durante mais de oito horas de reunião com autoridades americanas na Arábia Saudita. “Esperamos conseguir um cessar-fogo da Rússia”, afirmou o republicano a jornalistas no Salão Oval. Apesar disso, ele ressaltou que a situação ainda é delicada: “Recebi algumas mensagens positivas, mas uma mensagem positiva não significa nada. Esta é uma situação muito séria”.
O Kremlin confirmou que aguarda detalhes de Washington sobre a proposta e, segundo fontes de Moscou, qualquer acordo precisará considerar os avanços territoriais da Rússia e suas preocupações estratégicas.
Trump ressaltou que a trégua também pode ser vantajosa para a Rússia, mas alertou que há riscos para o país caso não aceite os termos. “Faz sentido para a Rússia, mas também há muitas desvantagens para eles”, declarou, sem dar detalhes sobre as possíveis consequências. O presidente afirmou que as negociações envolveram também questões territoriais. “Sabemos quais são as áreas de terra que estamos discutindo, se haverá retirada ou não”, disse.
Questionado se pressionaria a Rússia de alguma forma, Trump indicou que pode recorrer a medidas financeiras contra Moscou. “Posso fazer coisas financeiramente que seriam muito ruins para a Rússia. Não quero fazer isso porque quero alcançar a paz”, afirmou.
A tentativa de intermediação ocorre em meio à escalada do conflito, que se arrasta desde fevereiro de 2022 e tem provocado milhares de mortes e deslocamentos forçados. A posição da Rússia sobre o acordo será decisiva para a próxima fase das negociações.
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