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      Trump diz que Hamas “quer morrer” e desdenha reconhecimento do Estado palestino pela França

      Presidente dos EUA afirma que grupo não quer acordo e minimiza anúncio de Emmanuel Macron, em meio a crescente pressão internacional sobre Israel

      Donald Trump na Casa Branca (Foto: REUTERS/Nathan Howard)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - Em meio à intensificação da crise humanitária em Gaza e ao colapso das negociações de cessar-fogo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (25) que o Hamas “quer morrer” e não está interessado em um acordo para libertar os últimos reféns. A declaração foi dada durante conversa com jornalistas na Casa Branca e repercutida pela Politico.

      “Estamos nos últimos reféns e, basicamente por causa disso, eles realmente não querem fazer um acordo”, disse Trump. As conversas de paz haviam sido interrompidas após o grupo palestino apresentar sua resposta mais recente a uma proposta de cessar-fogo. Segundo o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, o governo norte-americano decidiu se retirar das negociações porque o Hamas, considerado uma organização terrorista por Washington, não estava agindo “de boa-fé”.

      A frustração da Casa Branca ocorre num momento em que cresce a pressão internacional contra Israel. O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou que seu país será o primeiro integrante do G7 a reconhecer oficialmente o Estado da Palestina. Já o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, declarou que “a situação em Gaza foi além dos piores temores do mundo”.

      Confrontado com a decisão francesa, Trump ironizou Macron, a quem chamou de “um cara muito legal”, mas emendou: “O que ele diz não importa. Sua declaração não tem peso algum”.

      A catástrofe humanitária em Gaza se aprofunda. De acordo com o Programa Mundial de Alimentos da ONU, cerca de 25% da população local enfrenta condições semelhantes à fome. Além disso, quase 100 mil mulheres e crianças sofrem de desnutrição aguda severa. Um relatório elaborado no mês passado por parceiros da ONU apontou que 96% da população da Faixa de Gaza está em níveis críticos de insegurança alimentar e advertiu sobre o “alto risco” de uma fome generalizada.

      Questionado se havia conversado com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre a possibilidade de permitir novos lançamentos de ajuda humanitária em Gaza, Trump afirmou que ligou para o líder israelense, mas preferiu não entrar em detalhes. Limitou-se a classificar a conversa como “meio decepcionante”.

      Segundo fontes da administração, há crescente preocupação dentro do governo Trump com os desdobramentos da crise. Um funcionário norte-americano com conhecimento das conversas internas, que falou sob condição de anonimato, afirmou que autoridades estão tentando encontrar a melhor maneira de responder à situação.

      Apesar do impasse diplomático, Israel teria indicado que permitirá uma nova rodada de lançamentos de ajuda humanitária nos próximos dias.

      A escalada da tragédia em Gaza, o colapso das negociações e as tensões diplomáticas colocam os Estados Unidos diante de um dilema crescente sobre sua posição no conflito e sua relação com aliados estratégicos. A postura de Trump, marcada por declarações provocadoras e pelo desdém às preocupações internacionais, evidencia o isolamento de Washington diante do agravamento da crise humanitária.

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