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Trump confirma planos de conversar com Xi Jinping para validar acordo sobre o TikTok

A Casa Branca anunciou nesta terça que os EUA vão prorrogar até 16 de dezembro o adiamento da medida que bloqueia o TikTok nos EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Kevin Lamarque)

247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta terça-feira (16) que planeja conversar com o presidente da China, Xi Jinping, em 19 de setembro, para validar o acordo alcançado sobre o serviço de vídeos TikTok. As informações são da agência Sputnik. 

“Temos um acordo sobre o TikTok. Cheguei a um entendimento com a China. Vou falar com o presidente Xi na sexta-feira para confirmar tudo. Fizemos um acordo comercial muito bom e espero que seja positivo para os dois países, mas [firmamos] um acordo muito diferente dos que eles fizeram no passado”, declarou Trump a jornalistas.

A Casa Branca anunciou nesta terça que os EUA vão prorrogar até 16 de dezembro o adiamento da medida que bloqueia o TikTok no país.

“O adiamento da aplicação especificado na seção 2(a) da Ordem Executiva 14166, de 20 de janeiro de 2025 (Aplicação da Lei de Proteção dos Americanos contra Aplicativos Controlados por Adversários Estrangeiros ao TikTok), já prorrogado pela Ordem Executiva 14258, de 4 de abril de 2025 (Prorrogação do Adiamento da Aplicação ao TikTok), e pela Ordem Executiva 14310, de 19 de junho de 2025 (Nova Prorrogação do Adiamento da Aplicação ao TikTok), fica ainda estendido até 16 de dezembro de 2025”, afirma a ordem executiva.

Mais cedo, o Ministério do Comércio chinês informou que, após negociações comerciais realizadas em Madri, a China e os EUA chegaram a um consenso básico de estrutura para resolver as questões relacionadas ao TikTok. 

“Com base no importante consenso alcançado durante a conversa telefônica entre os líderes dos dois países, as partes mantiveram discussões francas, profundas e construtivas sobre questões comerciais e econômicas de interesse mútuo”, disse o ministério em comunicado.

Foi ressaltado que China e EUA “chegaram a um consenso básico de estrutura para resolver adequadamente as questões relacionadas ao TikTok por meio da cooperação, reduzindo barreiras de investimento e promovendo a cooperação comercial e econômica relevante”.

As partes devem agora realizar consultas sobre os documentos finais pertinentes e levar adiante os procedimentos internos necessários para sua aprovação.

Dados

Os dados pessoais dos usuários do serviço de hospedagem de vídeos TikTok não serão transferidos para a China no âmbito do novo acordo sobre as operações da plataforma nos Estados Unidos, afirmou nesta terça o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer.

“Não pode... Há um acordo firmado entre as partes privadas que estão conduzindo a transação, e ele contempla especificamente essa questão dos dados de usuários norte-americanos, de modo que eles não retornarão a Pequim”, disse Greer à Fox Business, ao ser questionado se as informações dos usuários seriam enviadas à China.

Ele acrescentou ainda que o governo de Donald Trump estava “perfeitamente disposto” a permitir que o serviço de vídeos “ficasse fora do ar” nos Estados Unidos, caso não houvesse um acordo que levasse em conta as preocupações de Washington com a segurança nacional.

Guerra comercial

Em junho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para prorrogar por mais 90 dias, ou até 17 de setembro, o prazo para o fechamento do TikTok. No ano passado, o Congresso norte-americano aprovou um projeto de lei estabelecendo que a ByteDance, empresa controladora do TikTok, deveria se desfazer de suas ações até 19 de janeiro. No entanto, Trump já prorrogou esse prazo diversas vezes desde então.

Atualmente, China e Estados Unidos vivem, na prática, uma guerra comercial, intensificada após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impor em fevereiro uma tarifa de 10% sobre todas as importações chinesas. Em março, a taxa foi elevada a 20% e, após várias medidas mútuas, o imposto norte-americano sobre produtos chineses chegou a 145%, enquanto a tarifa aplicada aos fornecedores americanos pela China alcançou 125%.

Em meados de maio, os dois países concordaram em reduzir mutuamente as tarifas comerciais para 10%, a partir de 14 de maio, pelo prazo de 90 dias. Como resultado, a China passou a impor 10% de tarifa sobre importações americanas, enquanto os EUA mantiveram uma cobrança de 30% sobre produtos chineses, devido à permanência da tarifa extra de 20% sobre o “fentanil”. No fim da primavera e início do verão, ambos os lados se acusaram de violar os acordos preliminares.

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