Trump afirma que não permitirá anexação da Cisjordânia por Israel
O presidente norte-americano também disse ter conversado com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, responsável pelo genocídio em Gaza
Por Jeff Mason e Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que não permitirá que Israel anexe a Cisjordânia, rejeitando os apelos de alguns políticos de extrema-direita em Israel que querem estender a soberania sobre a área.
Trump abordou o assunto após o que ele descreveu como uma ligação telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para discutir a resolução do conflito de Gaza.
"Não permitirei que Israel anexe a Cisjordânia. Não permitirei isso. Isso não vai acontecer", disse Trump aos repórteres no Salão Oval.
Netanyahu tem enfrentado alguma pressão de aliados de direita para anexar a Cisjordânia, o que gerou alarme entre os líderes árabes, alguns dos quais se reuniram na terça-feira com Trump à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova York.
"Não vou permitir que Israel anexe a Cisjordânia. Já foi o suficiente. É hora de parar agora", disse ele.
Israel conquistou a Cisjordânia em uma guerra em 1967. Os palestinos há muito tempo buscam formar um futuro Estado lá, juntamente com Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza.
Cerca de 700.000 colonos israelenses vivem entre 2,7 milhões de palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, que Israel anexou em um movimento não reconhecido pela maioria dos países.
Israel se recusa a ceder o controle da Cisjordânia, uma posição que diz ter sido reforçada desde o ataque militante liderado pelo Hamas em seu território, lançado de Gaza em 7 de outubro de 2023.