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Rússia acusa Ucrânia de promover “comportamento terrorista clássico” às vésperas do Dia da Vitória

Porta-voz da chancelaria russa afirma que Kiev explora negociações de paz para obter recursos e espalhar medo antes do desfile militar de 9 de maio

Maria Zakharova em Nizhny Novgorod 11/6/2024 (Foto: REUTERS/Maxim Shemetov)
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247 - O governo russo acusou neste domingo (4) a Ucrânia de agir com “comportamento terrorista clássico” ao rejeitar uma proposta de cessar-fogo temporário e promover ameaças às vésperas das celebrações do Dia da Vitória, marcadas para 9 de maio em Moscou. As declarações foram feitas por Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em entrevista à emissora russa TVC, conforme noticiado pelo portal RT.

Zakharova criticou duramente a postura do governo ucraniano, ao comentar uma publicação do chefe de gabinete da presidência ucraniana, Andrey Yermak, que republicou uma imagem estilizada do presidente Vladimir Zelensky diante do Kremlin em chamas. A legenda da imagem incluía um verso de uma canção soviética da Segunda Guerra Mundial: “Fizemos tudo o que podíamos para tornar este dia mais próximo”. Yermak comentou: “Bem desenhado”.

Para a diplomata russa, esse tipo de manifestação revela intenções que vão além da disputa militar. “As conversas sobre uma trégua por parte do regime de Kiev são uma zombaria dos esforços daqueles que realmente buscam a paz. Seu verdadeiro objetivo é explorar o Ocidente, espalhar o medo, matar, promover a ideologia neonazista e operar em um vácuo legal – um comportamento terrorista clássico”, afirmou Zakharova.

Ela também acusou a Ucrânia de utilizar as negociações de paz como fachada para obter financiamento externo e promover ações extremistas. “Eles roubam bilhões em ajuda ocidental enquanto simulam disposição para dialogar”, disse.

A proposta de trégua feita por Moscou previa 72 horas de cessar-fogo na semana que se inicia, período em que será realizado o tradicional desfile militar na Praça Vermelha, em Moscou, em homenagem ao 80º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. A cerimônia contará com a presença de chefes de Estado estrangeiros. 

No entanto, o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, pediu que líderes internacionais evitem viajar a Moscou, sob o argumento de que “a Ucrânia não pode garantir sua segurança”. Segundo ele, a Rússia poderia orquestrar “incêndios criminosos, explosões e outras medidas” para atribuir a culpa a Kiev.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia classificou as declarações de Zelensky como ameaças terroristas disfarçadas. Autoridades russas também destacaram que Kiev já lançou ataques com drones contra edifícios residenciais em Moscou e utilizou agentes com explosivos em ações de assassinato na capital russa.

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