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      Representante do Swift assegura que Brasil não está sob risco de sanções arbitrárias

      Dirigente da rede global de transações afirma que país mantém relações estáveis e segue padrões internacionais de conformidade

      Notas de real e dólar 18/12/2024. (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli/Illustration)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - O chefe global de Assuntos Corporativos da Swift, Hayden Allan, afirmou ao secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, que a rede internacional de mensagens financeiras “segue o marco legal europeu e não está sujeita a sanções arbitrárias de países específicos”. 

      A declaração foi feita durante reunião em Brasília, na quinta-feira (14), e divulgada nas redes sociais do secretário. A informação foi publicada pelo portal InfoMoney.

      A Swift, sediada na Bélgica, conecta cerca de 11,5 mil instituições financeiras em mais de 200 países e processa transações em múltiplas moedas. Segundo Durigan, Allan também destacou que o conselho de administração da rede tem ampliado a representatividade de países emergentes. 

      “Tive excelente conversa com Hayden Allan, da Swift, que operacionaliza o maior sistema de integração bancária global”, escreveu o secretário. “Hayden esclareceu que o Swift, sediado na Bélgica, segue o marco legal europeu e não está sujeito a sanções arbitrárias de países específicos”, completou, sem mencionar diretamente os Estados Unidos.

      Sanções e tensões diplomáticas

      O encontro ocorreu após a aplicação da Lei Global Magnitsky pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no fim de julho. A medida gerou repercussão política e levantou questionamentos sobre possíveis pressões econômicas sobre o Brasil.

      O governo brasileiro já vinha monitorando a hipótese de exclusão do país da Swift — possibilidade levantada por analistas e veículos de imprensa, à semelhança do bloqueio imposto pela União Europeia a bancos russos em 2022, após a invasão da Ucrânia. Um interlocutor da equipe econômica ouvido pela publicação afirmou que, apesar de o cenário atual não justificar uma ação dessa magnitude, o ambiente comercial mais tenso, marcado pelo recente “tarifaço” do governo Trump, impede descartar completamente essa hipótese.

      Brasil e multilateralismo

      Durigan ressaltou que reiterou ao representante da Swift a posição do país. “Reafirmei que o Brasil é um país soberano, democrático e autônomo, que respeita todos os países e exige reciprocidade. Como nação comprometida com o multilateralismo e a integração global, foi gratificante confirmar que somos um dos maiores usuários do Swift mundialmente”, disse.

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