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Putin diz esperar que não seja necessário usar armas nucleares na Ucrânia

Em entrevista à TV estatal russa, presidente afirma que conflito pode ser encerrado de forma “lógica”

Vladimir Putin (Foto: Reuters)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou neste domingo (4) que ainda não houve necessidade de utilizar armas nucleares no conflito com a Ucrânia e que espera que essa necessidade não se apresente no futuro. As declarações foram divulgadas em um trecho de entrevista à televisão estatal russa, publicado na plataforma Telegram. A notícia foi originalmente reportada pela agência Reuters.

"Não houve necessidade de usar essas [armas nucleares]... e espero que elas não sejam necessárias", afirmou Putin ao ser questionado por um repórter da TV estatal sobre os recentes ataques ucranianos em território russo. O presidente russo reforçou que Moscou tem capacidade suficiente para encerrar a guerra em seus próprios termos. "Temos força e meios suficientes para levar o que foi iniciado em 2022 a uma conclusão lógica, com o desfecho que a Rússia exige", afirmou.

Desde fevereiro de 2022, quando Putin ordenou a invasão da Ucrânia sob o pretexto de uma “operação militar especial”, o conflito já causou dezenas de milhares de mortes e deslocou milhões de pessoas. Apesar de o exército russo ter sido repelido da capital Kiev nas fases iniciais da guerra, atualmente Moscou controla cerca de 20% do território ucraniano, especialmente nas regiões sul e leste.

Nos últimos meses, Putin tem sinalizado disposição para buscar uma solução diplomática, movimento que coincide com as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reeleito para seu segundo mandato em 2024, de que pretende pôr fim à guerra por meio de negociações.

O temor de uma escalada nuclear tem sido um elemento constante nas avaliações dos Estados Unidos desde o início da guerra. O ex-diretor da CIA, William Burns, chegou a afirmar que havia um risco real de uso de armamento nuclear por parte da Rússia em 2022.

As novas declarações de Putin, feitas às vésperas das celebrações do 80º aniversário da vitória soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, acontecem em um momento simbólico para o Kremlin, que frequentemente compara sua atuação na Ucrânia à luta histórica contra o nazismo. O presidente russo visitou recentemente uma exposição no Museu Central da Grande Guerra Patriótica, em Moscou, como parte das comemorações.

O Kremlin insiste que a operação militar é uma medida de defesa contra a expansão da OTAN e uma forma de proteger as populações russófonas no leste da Ucrânia. Já Kiev e seus aliados ocidentais denunciam a invasão como uma agressão ilegal e imperialista.

Com os dois lados ainda firmes em suas posições, o conflito caminha para completar três anos, sem uma solução definitiva à vista, e sob o espectro permanente da ameaça nuclear.

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