Protestos em Israel reúnem multidão contra Netanyahu e pela libertação dos prisioneiros
Centenas de milhares de israelenses foram às ruas de Tel Aviv exigindo acordo para soltar prisioneiros e encerrar massacre em Gaza
247 - Os protestos realizados neste domingo (17) em Israel marcaram a maior mobilização popular do país em mais de um ano, segundo o jornal Haaretz. A manifestação, convocada por famílias de prisioneiros mantidos pelo Hamas em Gaza e por parentes de vítimas da guerra, reuniu centenas de milhares de pessoas em Tel Aviv e em outras cidades.
O ponto alto ocorreu à noite. Os organizadores estimaram mais de 300 mil presentes, enquanto a polícia, mesmo com números mais conservadores, reconheceu que a multidão alcançou a casa das “seis cifras” — algo raro em Israel nos últimos anos.
Críticas a Netanyahu e temor de repetição de Rafah
Para grande parte da população, a estratégia do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu faliu. A nova onda de protestos surgiu diante do plano do governo de expandir as operações em Gaza, mesmo contra objeções iniciais do Exército. A decisão poderia colocar em risco a vida dos prisioneiros que ainda permanecem em poder do Hamas. “É um aviso antes da catástrofe”, resumem os manifestantes, que se mobilizaram agora para evitar outra tragédia semelhante.
O desafio após o domingo
A incógnita é se a energia das ruas se manterá nos próximos dias ou se o ato de domingo ficará marcado como uma demonstração pontual. A pressão sobre Netanyahu cresce não apenas internamente, mas também no cenário internacional, já que Israel enfrenta questionamentos sobre a condução da ofensiva militar contra os palestinos e a ausência de um acordo diplomático para salvar os prisioneiros.