Preso ilegalmente por Israel durante missão humanitária em Gaza, Thiago Ávila está a caminho da deportação
Brasileiro foi colocado em solitária após iniciar greve de fome. Segundo a ONG Adalah, pelo menos seis ativistas deverão ser deportados até amanhã.
247 - O ativista brasileiro Thiago Ávila está a caminho da deportação de Israel, informou a ONG Adalah nesta quinta-feira (12), de acordo com a RFI. Ávila fazia parte da tripulação do veleiro Madleen, que tentava romper o bloqueio marítimo imposto por Israel à Faixa de Gaza com o objetivo de entregar ajuda humanitária.
Após recusar a deportação imediata, Ávila decidiu iniciar greve de fome e também de água, o que levou as autoridades israelenses a transferi-lo para uma cela isolada. Segundo a Adalah, a medida teve como objetivo impedir que o brasileiro influenciasse os demais detidos, que também resistiam à expulsão.
A RFI relatou ainda que, apesar da prisão, o brasileiro tem recebido assistência consular da embaixada do Brasil em Tel Aviv. Questionado sobre o caso, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel limitou-se a responder que "devido a questões de privacidade, não abordamos informações individuais dos detidos".
A Adalah atua na defesa dos 12 tripulantes do Madleen, incluindo a eurodeputada franco-palestina Rima Hassan. A ONG afirmou que pelo menos seis ativistas, entre eles Ávila e Hassan, estavam sendo levados ao aeroporto Ben-Gurion para expulsão após mais de 72 horas de detenção. "Eles devem ser expulsos hoje (quinta-feira) ou amanhã de manhã (sexta-feira)", informou a organização.
A entidade denunciou ainda que "durante a detenção, os ativistas foram submetidos a maus-tratos, medidas punitivas e tratamentos agressivos, e dois foram colocados em isolamento durante certo tempo", referindo-se a Thiago Ávila e Rima Hassan.
A ação que levou à prisão dos militantes aconteceu na segunda-feira (10), quando a Marinha israelense interceptou o veleiro a cerca de 185 quilômetros da costa de Gaza. A embarcação havia partido da Itália em 1º de junho. Quatro dos ativistas — a sueca Greta Thunberg, dois franceses e um espanhol — aceitaram a deportação e já retornaram a seus países de origem na terça-feira.
Segundo a Adalah, todos os 12 integrantes do grupo foram proibidos de entrar em Israel pelos próximos 100 anos.
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