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Presidente da Câmara dos EUA defende a renúncia de Zelensky para viabilizar a paz na Ucrânia

Mike Johnson fez as declarações após reunião tensa entre Zelensky, Trump e Vance, que terminou com críticas ao líder ucraniano

Mike Johnson (Foto: Reuters/Elizabth Frantz)
Redação Brasil 247 avatar
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247 – O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, sugeriu que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pode precisar renunciar para alcançar a paz no país. As declarações foram feitas no domingo (3), durante entrevista ao programa Meet the Press, da NBC, e repercutem um encontro acalorado entre Zelensky, o presidente Donald Trump e o vice-presidente JD Vance, ocorrido na sexta-feira (1º), no Salão Oval da Casa Branca. A informação foi publicada pelo Politico.

“Algo precisa mudar”, afirmou Johnson, ecoando comentários feitos pelo senador republicano Lindsey Graham. “Ou ele [Zelensky] precisa voltar à mesa [de negociações] com gratidão, ou outra pessoa precisa liderar o país para fazer isso.”

A reunião na Casa Branca terminou em tensão, com Trump e Vance acusando Zelensky de não demonstrar gratidão suficiente pelo apoio dos EUA e de relutar em aceitar um acordo de paz. Como consequência, o restante da visita do líder ucraniano a Washington foi cancelado, incluindo a assinatura de um acordo mineral que buscava fornecer garantias futuras de segurança à Ucrânia.

Trump fez questão de registrar o desentendimento em sua plataforma Truth Social, afirmando que Zelensky “desrespeitou os Estados Unidos em seu sagrado Salão Oval” e que só poderá “voltar quando estiver pronto para a paz”. O episódio culminou na expulsão do líder ucraniano da Casa Branca, um gesto que gerou críticas ao comportamento do presidente norte-americano.

Entre as reações negativas, a senadora republicana Lisa Murkowski declarou no X (antigo Twitter) que os EUA estão “abandonando seus aliados e abraçando Putin”. Johnson rebateu a crítica durante entrevista à CNN, defendendo que foi Zelensky quem “se retirou da mesa” de negociações.

Apesar de ter respaldado a postura de Trump no episódio, Johnson fez questão de condenar a invasão russa. “Gostaria de ver Putin derrotado, francamente. Ele é um adversário dos Estados Unidos. Mas, neste conflito, precisamos encerrar essa guerra. É do interesse de todos”, declarou à NBC. Ele também enfatizou, em entrevista à CNN: “Putin é o agressor. Esta é uma guerra injusta. Fomos absolutamente claros quanto a isso.”

As declarações de Johnson reforçam a crescente pressão sobre Zelensky em meio à busca por uma solução para o conflito, enquanto Trump mantém uma postura dúbia em relação à Rússia. O incidente na Casa Branca expôs as tensões internas na política externa dos EUA, aprofundando as divisões entre aliados de Kiev e setores do Partido Republicano favoráveis a uma abordagem mais conciliadora com Moscou.

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