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Pesquisa aponta que a maioria dos americanos apoia restrições para pessoas trans. Governo Trump também preocupa os LGBTQ+

Para 66% dos adultos nos EUA, atletas trans devem participar de times que representem o sexo atribuído ao nascimento, mostrou o Pew Research Center

Bandeira LGBT (Foto: Reuters)
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247 - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), assinou várias ordens executivas relacionadas a pessoas transgênero. Essas ordens incluíram a proibição de mulheres e meninas trans de participarem de esportes femininos e o corte de financiamento federal para cuidados de saúde relacionados a transições de gênero para jovens.

De acordo com a pesquisa do Pew Research Center, 66% dos adultos nos EUA apoiam ou apoiam fortemente ações que exigem que atletas trans participem de times que correspondam ao sexo atribuído no nascimento.

Conforme as estatísticas, 56% dos norte-americanos apoiam leis que proíbam profissionais de saúde de fornecer cuidados relacionados a transições de gênero para menores de idade. O mesmo percentual se refere aos adultos que manifestam apoio a políticas destinadas a proteger pessoas trans de discriminação no emprego, moradia e espaços públicos.

Opiniões dos próprios LGBTQ, democratas e republicanos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Brian Snyder / Reuters

A pesquisa mostrou que, para 78% dos adultos lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer (LGBTQ) nos Estados Unidos, as políticas do governo Trump não serão boas para a população norte-americana, e 71% esperam um impacto negativo sobre aqueles que são gays, lésbicas ou bissexuais.

Grandes maiorias de adultos LGBTQ que são democratas ou tendem para o Partido Democrata afirmaram que esperam um impacto negativo sobre pessoas transgênero (88%) e sobre gays, lésbicas e bissexuais (83%).

De acordo com os números, 35% dos adultos LGBTQ que se identificam ou tendem para o Partido Republicano acham que essas políticas terão um impacto negativo sobre pessoas transgênero. Menos (17%) disseram o mesmo sobre o impacto em gays, lésbicas e bissexuais.

Os republicanos correspondem a uma parcela relativamente pequena dos adultos LGBTQ em geral. Oito em cada dez adultos LGBTQ se identificam ou tendem para o Partido Democrata, e 16% são republicanos ou tendem para o Partido Republicano.

Instituições e a Suprema Corte

Os adultos LGBTQ veem as instituições norte-americanas como menos amigáveis a pessoas transgênero do que a gays, lésbicas e bissexuais – 59% veem o Partido Democrata como amigável a gays, lésbicas e bissexuais, mas apenas 46% disseram que ele é amigável a pessoas trans.

As estatísticas mostraram também que 77% relataram ver o Partido Republicano como hostil a pessoas transgênero, e 71% afirmaram o mesmo sobre gays, lésbicas e bissexuais. Percentuais maiores também afirmam que a Suprema Corte é hostil a pessoas transgênero (56%) do que a gays, lésbicas e bissexuais (47%).

Entre os democratas LGBTQ, 63% dizem que o Partido Democrata é amigável a gays, lésbicas e bissexuais; 48% disseram que ele é amigável a pessoas transgênero.

Entre os republicanos LGBTQ, 24% afirmaram que o Partido Republicano é amigável a gays, lésbicas e bissexuais, e 11% disseram que ele é amigável a pessoas transgênero.

Os adultos transgênero disseram que a Suprema Corte é hostil a pessoas deste segmento: 71% dos adultos trans afirmaram, em comparação com 59% dos adultos gays ou lésbicos e 51% dos bissexuais.

Banheiros e escolas

A maioria dos adultos (63%) é contra a medida que exige que indivíduos trans usem banheiros públicos que correspondam ao sexo atribuído no nascimento, em vez do gênero com o qual se identificam.

Os dados apontaram que 62% das pessoas são contra tornar ilegal que distritos escolares públicos ensinem sobre identidade de gênero no ensino fundamental.

Conceitos

As palavras "transgênero" e "transexual" podem ser usadas para identidades masculinas e femininas. São pessoas que nasceram com um sexo, mas se identificam com o sexo oposto. A palavra "transexual" é usada para designar alteração genital, transição de gênero. Por consequência, o termo passou a dar lugar a "transgênero".

A palavra "travesti" é utilizada apenas para pessoas trans com identidades femininas (nasceram homens, mas se identificam como mulheres). Não existe mudança de órgãos genitais. Ao usar artigos ou pronomes, o correto é "ela" ou "a travesti".

Pessoas não-binárias possuem uma identidade de gênero que não se enquadra no binarismo homem-mulher. Nem todas as pessoas não-binárias são transgênero, passam necessariamente por alteração genital.

Pew Research Center

O Pew Research Center afirma ser "um centro de pesquisas apartidário que informa o público sobre os problemas, atitudes e tendências que moldam o mundo. Realizamos pesquisas de opinião pública, estudos demográficos, análises de conteúdo e outras pesquisas sociais baseadas em dados". "Não adotamos posições políticas", disse.

"Geramos uma base de fatos que enriquece o diálogo público e apoia a tomada de decisões sólidas. Somos uma organização sem fins lucrativos, apartidária e sem posicionamentos de defesa. Valorizamos a independência, a objetividade, a precisão, o rigor, a humildade, a transparência e a inovação".

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