‘Nossa soberania não está na mesa de negociação’, diz Sidônio sobre reunião Lula-Trump
Sidônio Palmeira afirmou que o encontro entre os presidentes deve ocorrer nos próximos dias, mas sem data ou local definidos
247 - O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, declarou nesta quarta-feira (1º) que permanece a expectativa para a realização de um encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apesar do otimismo, ele evitou cravar data e local para a reunião.
As informações foram publicadas pela CNN Brasil, que destacou a avaliação positiva do ministro sobre o diálogo entre os dois líderes durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Segundo Sidônio, Lula está disposto a negociar em todas as áreas, com a única exceção dos temas relacionados à soberania nacional.
Expectativa para encontro bilateral
Ao participar da Repcom Brasília, evento organizado pelo grupo FSB Holding, Sidônio reforçou a importância do contato direto entre os presidentes.
“Foi muito importante a ida do presidente lá na ONU, a fala dele e, posteriormente, a conversa com o presidente dos EUA. Existe uma expectativa e o governo brasileiro está disposto a negociar, aberto para isso. A única coisa que não está na mesa de negociação é a nossa soberania. Acho que esse encontro deve acontecer nos próximos dias”, afirmou.
Desde a volta de Lula de Nova York, diplomatas do Brasil e dos Estados Unidos trabalham nos últimos detalhes com a Casa Branca para viabilizar a reunião. Os contatos se intensificaram após a participação de ambos na Assembleia Geral da ONU, o que aumentou as chances de definição de uma agenda comum.
Debate sobre Imposto de Renda
Durante o mesmo evento, Sidônio também ressaltou a importância da votação no Congresso sobre a alteração das faixas do Imposto de Renda, proposta que é uma das principais promessas de campanha de Lula.
“É importante que as pessoas que ganham até R$ 5 mil paguem zero de imposto de renda e, por outro lado, quem ganha acima de milhão paguem 10%. É diminuir um pouco a desigualdade social e diminuir privilégios”, declarou o ministro.
O projeto prevê a isenção para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês, medida que deve beneficiar especialmente a classe média e os assalariados de menor renda. A proposta foi incluída como pauta única na Câmara dos Deputados para ser votada ainda nesta quarta-feira (1º).