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Netanyahu deu uma ordem para bombardear os reféns, diz uma refém israelense libertada

Ilana Gritzewsky, companheira do refém Matan Zangauker, afirmou que vive sob constante temor desde que o exército de ocupação expandiu as operações em Gaza

Manifestação de famílias de prisioneiros de guerra israelenses (Foto: Reuters)

247 - “É difícil para mim que o primeiro-ministro tenha dado a ordem de bombardear os reféns”, declarou a ex-refém Gritzewsky, segundo reportagem do Haaretz. “Eu sei o que os reféns estão passando em Gaza, que a cada avião que passa é preciso se proteger. Eu também tive que me esconder para não ser atingida por estilhaços de prédio. O primeiro-ministro deu uma ordem que poderia matar tanto reféns quanto soldados.”

A ex-refém também disse que não recebe atualizações de Gal Hirsch, coordenadora de Reféns e Pessoas Desaparecidas de Israel, nem da unidade das IDF responsável por prisioneiros de guerra. Segundo ela, as famílias permanecem no escuro sobre eventuais avanços em negociações.

Críticas diretas a Netanyahu

Ela acusou Netanyahu de colocar os objetivos militares acima da vida dos prisioneiros.  “O primeiro-ministro deixou claro que a guerra é mais importante para ele do que o retorno dos reféns, que tem medo de Ben-Gvir e Smotrich”, afirmou, referindo-se a ministros da coalizão de extrema direita do governo.

Ilana também enviou uma mensagem de esperança ao parceiro Matan e aos demais em cativeiro: “Se ele está ouvindo isso, não perca as esperanças. Sua mãe, suas irmãs e o país inteiro estão lutando por ele. Se algum refém ouvir isso, saiba que o país inteiro está lutando por você.”

Mobilização popular em Jerusalém

Durante a entrevista, Ilana convocou a sociedade israelense a se unir às manifestações organizadas em frente à residência oficial de Netanyahu, em Jerusalém. “Se o primeiro-ministro nos vir todos lá fora, exigindo liberdade e alegria, poderemos conseguir fechar um acordo de reféns e acabar com a guerra.”

Enquanto aumentam as críticas internas e externas, o governo israelense segue pressionado por um duplo desafio: responder às demandas da população por uma solução para o drama dos reféns e lidar com o desgaste político crescente em meio ao genocídio.

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