Lula e Trump se encontram e trocam cumprimentos pela 1ª vez na ONU
Presidentes do Brasil e dos EUA se cumprimentam em Nova York em meio a uma escalada de atritos diplomáticos
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontraram pela primeira vez nesta terça-feira (23) durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Segundo a coluna da jornalista Mariana Sanches, do UOL, os dois líderes trocaram um breve aperto de mão nos bastidores do evento, em gesto que ganhou destaque pela simbologia em meio às tensões bilaterais.
A interação, segundo a reportagem, foi confirmada por membros da delegação brasileira. O encontro era especulado desde a véspera da Assembleia, quando fontes dos dois governos indicaram que uma saudação poderia ocorrer.
Abertura da Assembleia em clima frio
Lula abriu a sessão de líderes mundiais sem a presença de Donald Trump no plenário e sem qualquer manifestação da delegação estadunidense. Na sequência, foi a vez do presidente dos Estados Unidos discursar, enquanto Lula assistia da plateia ao lado de sua equipe.
Relação bilateral em crise histórica
O encontro entre os dois presidentes aconteceu em um dos momentos mais delicados da relação entre Brasil e EUA em 201 anos. Na véspera, a Casa Branca anunciou novas sanções com base na Lei Global Magnitsky, aplicando restrições de vistos e bloqueios financeiros contra autoridades brasileiras. As medidas foram uma resposta direta à condenação de Jair Bolsonaro (PT)por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes.
Críticas e retaliações de Washington
Há quase três meses, Trump acusa o Brasil de promover uma “caça às bruxas” contra seu aliado político. O presidente estadunidense também tem criticado as decisões do Supremo Tribunal Federal sobre regulação de big techs, classificadas pela Casa Branca como violações à liberdade de expressão e prejudiciais a empresas americanas.
Além disso, desde 6 de agosto, Washington passou a impor uma tarifa de 50% sobre cerca de 60% dos produtos brasileiros exportados para os EUA, ampliando a tensão no campo comercial.