"Preocupação maior é quem vai ficar com a dívida da guerra", diz Lula sobre Rússia e Ucrânia
Presidente diz que envolvidos já sabem que a guerra chegou ao seu “limite” e destacou que “alguém vai ter que ajudar a recuperar a Ucrânia”
247 - Durante uma reunião ministerial em Brasília nesta terça-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar os gastos militares globais e defendeu que os recursos internacionais sejam destinados ao combate à fome e à preservação ambiental. Lula criticou a guerra entre Rússia e Ucrânia e disse esperar o fim do conflito.
“Todo mundo sabe o que tem acontecido em nível internacional, todo mundo tem acompanhado há longo tempo a questão da guerra entre a Ucrânia e a Rússia e todo mundo sabe que esta guerra está prestes a chegar ao final. Ou seja, acho que tanto o presidente Putin quanto o presidente Zelensky sabem o limite de onde vai essa guerra, a Europa já sabe o limite, o Trump já sabe o limite. Acho que estão apenas aguardando o momento em que tenham coragem de anunciar o fim desta guerra”, afirmou.
O presidente ressaltou que o maior impasse não está apenas no campo militar, mas nas consequências econômicas. “Na verdade, acho que a preocupação maior de todos eles é quem vai ficar com a dívida da guerra porque alguém vai ter que tentar ajudar a recuperar a Ucrânia, alguém vai tentar se rearmar outra vez. A UE aprovou 800 bilhões de euros de rearmamento de todos os países da UE quando a gente estaria precisando de dinheiro para acabar com a fome ou, quem sabe, manter as florestas em pé, já que a gente vai ter a COP30 em Belém”, destacou.
Na sequência, Lula voltou a criticar o genocídio promovido por Israel na Faixa de Gaza, alertando para o assassinato de crianças e a fome na região.“Temos a continuidade do genocídio na Faixa de Gaza, que não para. Todo dia tem uma novidade, todo dia mais gente morre, todo dia crianças que estão com fome aparecem na mídia, crianças totalmente esqueléticas atrás de comida e são assassinadas como se estivessem em guerra, são assassinadas como se fossem do Hamas”, lamentou.
“A fragilidade do mundo é tão grande, a fragilidade da governança global é que ninguém toma uma atitude. Ou seja, é por isso que estamos há muito tempo reivindicando essa questão de mudança na governança da ONU, para que alguém tenha interferência de parar um genocídio como esse, de parar uma guerra, de evitar uma guerra, coisa que não temos hoje. Por isso vamos continuar brigando para que a governança mundial seja repensada e fortalecida com a entrada de muitos outros membros”, completou Lula
Viagem de Alckmin ao México
Lula também comentou sobre a viagem do vice-presidente Geraldo Alckmin ao México. Segundo o presidente, a viagem será importante para ampliar a relação comercial entre os países diante do tarifaço promovido pelos Estados Unidos.
"Alckmin fará uma importante viagem ao México, a pedido da presidente Cláudia, em resposta a um oferecimento meu, após a taxação dos EUA. Conversei com Cláudia e disse a ela que enviaria meu vice-presidente da República, alguns ministros e empresários, para que possamos descobrir o potencial da relação entre México e Brasil", disse.
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