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Lula cobra reforma da ONU e fim do poder de veto em coletiva

Presidente defendeu ampliação do Conselho de Segurança, punição a países que descumprirem decisões e criticou ingerências sobre a Amazônia

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

247 - Durante entrevista coletiva na sede da ONU, em Nova York, nesta quarta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender uma ampla reforma no sistema multilateral criado após a Segunda Guerra Mundial, afirmando que a estrutura atual já não reflete a realidade geopolítica. “A fotografia do mundo hoje não é mais a de 1945", afirmou o presidente.

Segundo Lula, "é preciso acabar com o direito de veto" e também se impõe a necessidade de "ter mais países no Conselho de Segurança da ONU".

"É preciso cumprir, todos, as decisões. Um país, então, deve ser punido pelos outros se não cumprir”, afirmou.

O presidente criticou o fato de apenas cinco nações — Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido — manterem o poder de veto, o que frequentemente paralisa ações em crises internacionais. Ele defendeu que América Latina, África e outras regiões passem a ter assentos permanentes no Conselho de Segurança, de modo a refletir a atual correlação de forças no mundo.

Amazônia em pauta

Lula também aproveitou para rebater pressões externas sobre a política ambiental brasileira, lembrando que a Amazônia é habitada e não apenas uma questão de preservação.

“Muita gente dá palpite sobre Amazônia sem conhecer, mas lá moram mais de 50 milhões de pessoas”, disse.

Segundo Lula, qualquer iniciativa global para proteger a floresta deve levar em conta o desenvolvimento sustentável e a vida das populações locais, reforçando a soberania brasileira sobre a região.

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