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Lula chama PEC da Blindagem de "vergonha nacional" e celebra derrota

Em coletiva, presidente disse que proposta era “desnecessária e provocativa” e defendeu que única forma de proteção a parlamentares é agir corretamente

Lula em coletiva de imprensa na sede da ONU, em Nova York (Foto: Reprodução)

247 - Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira (24) na sede da ONU, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a derrota da PEC da Blindagem no Senado e fez críticas duras à proposta aprovada anteriormente pela Câmara dos Deputados.

“[A PEC da Blindagem é] desnecessária, provocativa e passou um sinal péssimo para a sociedade brasileira. O único jeito de ser protegido é não fazer a coisa errada. Aconteceu o destino que ela merece: desaparecer, porque foi uma vergonha nacional”, afirmou Lula, ao ser questionado sobre a emenda constitucional que buscava dificultar investigações contra parlamentares.

A PEC da Blindagem foi alvo de forte mobilização popular e derrubada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado hoje mais cedo. O texto aprovado na Câmara previa que deputados e senadores só poderiam ser investigados com aval prévio do Congresso.

Relação com Trump

Na mesma coletiva, Lula comentou ainda o rápido encontro que teve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia Geral da ONU. O brasileiro disse ter ficado satisfeito com a aproximação e defendeu um diálogo construtivo entre os dois países.

“Tive uma satisfação de encontrar Trump. O que parecia impossível foi possível. Fiquei feliz quando ele disse que rolou uma química entre nós. Somos as duas maiores democracias do continente e temos muitos interesses compartilhados”, disse.

Lula reforçou que não vê motivo para conflitos com os EUA e que respeita Trump “independentemente da ideologia”, destacando a necessidade de cooperação em temas como paz mundial e comércio.

“Se um chefe de Estado foi eleito por seu povo, não quero saber ideologia. O que importa é que, sendo eleito, merece meu respeito”, concluiu.

A reunião oficial entre os dois presidentes ainda não tem data, mas ambos sinalizaram disposição para retomar o diálogo em breve.

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