Líder do governo no Senado descarta reunião entre Lula e Trump antes do início das tarifas
Jaques Wagner afirma em Washington que encontro entre presidentes não será possível até 1º de agosto
247 - O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, descartou qualquer possibilidade de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúna com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes da entrada em vigor das tarifas de 50% impostas pelos norte-americanos a produtos brasileiros. A medida começa a valer já na próxima sexta-feira, 1º de agosto.
“Não vamos resolver isso até o dia 1º. É sexta-feira. O encontro de dois presidentes da República não se prepara da noite para o dia”, afirmou Wagner, ao falar com jornalistas na capital americana, informa o jornal O Estado de S.Paulo.
Segundo o senador, a missão brasileira — composta por parlamentares e representantes do setor produtivo — tem como objetivo inicial abrir canais de diálogo e não obter, de imediato, resultados concretos. “Eu vim aqui plantar, estamos plantando. Eu não vim aqui com a pretensão de colher”, declarou.
Jaques Wagner também destacou que está mantendo o presidente Lula informado sobre os desdobramentos das reuniões realizadas nos Estados Unidos, e que ainda se reunirá pessoalmente com o chefe do Executivo brasileiro para avaliar os próximos passos. “Eu sempre acho importante substituir o meio magnético virtual. Olho no olho é diferente, e o presidente Lula é campeão disso”, afirmou o líder do governo, reforçando a importância de uma eventual conversa direta entre os presidentes.
O senador avalia que um encontro entre Lula e Trump poderia ser útil para amenizar tensões e desfazer visões distorcidas que, segundo ele, ainda marcam a relação entre os dois países. “Se depender da minha opinião, esse encontro, para mim, sempre será produtivo para desmistificar preconceitos de parte a parte”, disse.
Durante a visita a Washington, Wagner também levantou questionamentos sobre o curto prazo concedido pelos EUA para a aplicação das novas tarifas aos produtos brasileiros, sobretudo os agrícolas. “Todos os países tiveram 60, 90 dias; em 20 dias, como é que os empresários se organizaram?”, questionou o parlamentar, em defesa de uma ampliação do prazo.
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